A gordura abdominal localizada nas mulheres pode conferir um risco três vezes maior para doenças cardíacas, em comparação com o acúmulo de gordura corporal nos glúteos. Os riscos para a saúde associados com a adiposidade abdominal subcutânea e visceral são inúmeros e incluem: aumento dos marcadores inflamatórios, dislipidemia (alterações do colesterol e triglicérides), resistência insulínica, que pode levar à obesidade e esteatose hepática.
O nutrólogo J Bussade, que também é médico cirurgião comenta que estes dados sugerem que a adiposidade abdominal pode estar associada à uma reduzida secreção do GH (hormônio do crescimento) em mulheres saudáveis, mesmo na ausência de sobrepeso ou obesidade, e que a diminuição da secreção do GH pode estar associada com o aumento dos marcadores de risco cardiovascular.
“O acompanhamento da composição corporal é importante para a prevenção das doenças crônicas, cardiovasculares e das alterações endócrinas. A análise da composição corporal pode ser feita por um profissional da área da saúde através da bioimpedância”, disse o nutrólogo.
Mulheres devem manter um percentual de gordura fisiológico aproximado de 18 a 28% e nos homens de 10 a 20% (em ambos os sexos pode variar com a idade do indivíduo).
“A importância da análise da massa muscular esquelética deve ser ressaltada, devendo estar nos limites da normalidade, evitando assim um quadro de sarcopenia ou perda e massa muscular, que normalmente acomete os indivíduos com mais de 50 anos”, finalizou o médico.