
Qual é a mulher que não sente medo a respeito do que pode vir junto com a menopausa? Quando o assunto é relacionado à vida sexual, a insegurança aumenta ainda mais, pois os números não são animadores. De acordo com o Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Médico de Danville, as taxas informadas de problemas sexuais em mulheres na menopausa estão entre 68% e 86,5%.
De acordo com a ginecologista e sexóloga, Lorena Baldotto essa queda da libido ocorre pelas mudanças hormonais que acontecem nessa época, já que os níveis de estrogênio e testosterona caem consideravelmente.
“Uma dica legal é procurar um tratamento de reposição hormonal personalizado para você. Para as mulheres que não podem receber hormônios, existem dicas que podem ajudar, e também, as terapias alternativas como o uso de florais e acupunturas”, disse.
“A grande sacada para driblar essa fase é entender que a vida sexual tem muito a ver com a cabeça do que com os hormônios. As mulheres devem derrubar este tabu de que se você está na menopausa, terá uma vida sexual ruim. O acompanhamento ginecológico adequado é fundamental para minimizar os sintomas, e a terapia sexual pode te ajudar a entender que sexo não é só penetração, existem várias áreas que podem ser exploradas e que vão te ajudar a resgatar o desejo e o prazer sexual”, orientou ela.
Conhecer o próprio corpo é fundamental para uma vida sexual plena em qualquer idade. Mas após a menopausa, ir além do clitóris e da vagina como um todo, é ainda mais importante, pois nessa fase da vida a vagina fica mais ressecada. Nosso corpo é cheio de zonas erógenas, basta se explorar novas áreas e identificá-las.
Lorena ainda disse que a menopausa é um bom momento para o casal descobrir novos caminhos para sentir prazer juntos, além da penetração. Experimentar brinquedos sexuais, retomar velhas fantasias, abusar das lingeries e até sair da rotina com uma viagem para relaxar, por exemplo, envolve o parceiro e ajuda a resgatar a autoestima feminina.