
Uma terceira ave, identificada como trinta-réis-de-bando da espécie Thalasseus acuflavidus, que estava contaminada com o vírus da influenza aviária H5N1, foi localizada em Vitória. Segundo o biólogo Daniel Motta, as aves possuem características migratórias e circulam pelo Atlântico Sul. E o Espírito Santo está nesta rota.
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Mestrando em Biologia Animal, Daniel Mota explicou que as aves podem ser encontradas em todo o litoral do Estado.
“Elas se utilizam das ilhas rochosas do Espírito Santo até o estado de Santa Catarina para a reprodução entre os meses de maio a setembro. Uma média de 10 mil animais vem para o Estado”, explicou o biólogo.
Além disso, segundo ele, por conta das características migratórias dos animais, elas provavelmente foram contaminadas em outras regiões. “Mas, após a contaminação, acabaram morrendo aqui no Estado”, descreveu.
Daniel Mota também ressalta que a forma mais comum de entrada do vírus em um território é através das aves silvestres migratórias. “Elas acabam se infectando por meio do contato com fezes e urina”.
Que ave é essa?
De acordo com o biólogo, o nome científico da ave que é Thalasseus acuflavidus, vem do idioma grego e significa “pescador do mar”. Sendo ele, o animal é uma ave marinha que possui um bico, em formato de agulha, na cor amarela.
“O animal pode medir em média 40cm de comprimento, com envergadura em torno de 85cm. A espécie tem a cabeça branca, peito cinza e partes inferiores brancas. As pernas dessa ave são pretas, tem bico amarelo e olhos castanhos”, ressaltou.
Três casos da doença foram confirmados no Espírito Santo
O terceiro caso da doença foi confirmada nesta terça-feira (16), no Refúgio da Vida Silvestre da Mata Paludosa, conhecido como antigo parque Fazendinha, foi fechado para visitação.
Anteriormente, duas outras aves também foram identificadas com o vírus em outras localidades. Uma delas em Jardim Camburi, mas sem confirmação do endereço e em Marataízes, no Litoral Sul do Estado.
As amostras recolhidas das aves foram enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), que é a unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). O laboratório confirmou se tratar de Influenza Aviária de Alta Patogenicida (IAAP) de subtipo H5N1.
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