Saúde

ES registra 2º caso de dengue tipo 3; variação tem maior risco de internação

O paciente é um homem, morador de Santa Maria de Jetibá. A dengue tipo 3 tem maior potencial de causar formas graves da doença

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta quinta-feira (06) o segundo caso de dengue tipo 3 (DENV-3) no Espírito Santo. A variação é a que mais preocupa no país, segundo o Ministério da Saúde, por ter maior potencial de causar formas graves da doença.

A identificação do segundo caso foi por meio do monitoramento realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES). Segundo a Sesa, o novo paciente é um homem, morador da cidade de Santa Maria de Jetibá, na região Serrana capixaba.

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A secretaria informou que a circulação do sorotipo 3 da dengue no Espírito Santo já era esperada, considerando sua presença em estados vizinhos e o intenso fluxo de pessoas entre as regiões.

O primeiro caso em território capixaba foi registrado no dia 21 de fevereiro. A paciente foi uma mulher de 19 anos, moradora de Vitória. O diagnóstico da paciente foi por meio de Biologia Molecular, que analisa todas as amostras de arboviroses encaminhadas pelos municípios.

O que é a dengue tipo 3?

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O sorotipo 3 da dengue é um vírus que traz os mesmos sintomas dos outros, mas requer uma maior necessidade de vigilância.

A preocupação é por conta da possibilidade de mais internações por causa da doença.

Por existir uma grande parcela da população que nunca teve contato com este tipo de vírus, o número de pessoas adoecidas pode aumentar, levando a um aumento também de internações. Vamos manter o monitoramento dos casos e definir ações específicas, que serão debatidas dentro do Centro Integrado de Comando e Controle das Arboviroses que instituímos recentemente, disse o secretário estadual da Saúde, Tyago Hoffmann.

A Sesa solicitou que a população mantenha os cuidados para eliminação de criadouros do mosquito e busque assistência médica ao apresentar sintomas como febre, dor no corpo e manchas vermelhas na pele.

Por que o sorotipo 3 é o que mais preocupa?

De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue tipo 3 é considerada um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença.

Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas. 

A introdução de um novo sorotipo em uma população previamente exposta a outros tipos pode levar a epidemias significativas. 

Tratamento da doença

De acordo com a Sesa, os hospitais públicos de Vitória seguem o protocolo de manejo clínico para a doença.

O protocolo obedece as orientações do Ministério da Saúde para o atendimento a pacientes com dengue e prevê tratamento sintomático, com medidas de suporte e hidratação venosa, de acordo com a classificação do paciente nos estágios da doença.

O atendimento é realizado de acordo com a gravidade do caso. Em quadros mais graves, como em pacientes com hipotensão, são adotadas medidas para estabilizar o quadro.

Ainda de acordo com a secretaria, não existem tratamento ou medicamento específico para dengue. O manejo clínico é a principal abordagem para minimizar as complicações da doença. Todas as faixas etárias estão suscetíveis à dengue.

Sintomas da dengue

  • Febre alta (maior que 38°C);
  • Dor no corpo e articulações;
  • Náuseas e vômitos,
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.
Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtora Web
Produtora Web
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória