A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta quinta-feira (06) o segundo caso de dengue tipo 3 (DENV-3) no Espírito Santo. A variação é a que mais preocupa no país, segundo o Ministério da Saúde, por ter maior potencial de causar formas graves da doença.
A identificação do segundo caso foi por meio do monitoramento realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES). Segundo a Sesa, o novo paciente é um homem, morador da cidade de Santa Maria de Jetibá, na região Serrana capixaba.
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A secretaria informou que a circulação do sorotipo 3 da dengue no Espírito Santo já era esperada, considerando sua presença em estados vizinhos e o intenso fluxo de pessoas entre as regiões.
O primeiro caso em território capixaba foi registrado no dia 21 de fevereiro. A paciente foi uma mulher de 19 anos, moradora de Vitória. O diagnóstico da paciente foi por meio de Biologia Molecular, que analisa todas as amostras de arboviroses encaminhadas pelos municípios.
O que é a dengue tipo 3?
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O sorotipo 3 da dengue é um vírus que traz os mesmos sintomas dos outros, mas requer uma maior necessidade de vigilância.
A preocupação é por conta da possibilidade de mais internações por causa da doença.
Por existir uma grande parcela da população que nunca teve contato com este tipo de vírus, o número de pessoas adoecidas pode aumentar, levando a um aumento também de internações. Vamos manter o monitoramento dos casos e definir ações específicas, que serão debatidas dentro do Centro Integrado de Comando e Controle das Arboviroses que instituímos recentemente, disse o secretário estadual da Saúde, Tyago Hoffmann.
A Sesa solicitou que a população mantenha os cuidados para eliminação de criadouros do mosquito e busque assistência médica ao apresentar sintomas como febre, dor no corpo e manchas vermelhas na pele.
Por que o sorotipo 3 é o que mais preocupa?
De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue tipo 3 é considerada um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, tem maior potencial de causar formas graves da doença.
Estudos indicam que, após a segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos sorotipos envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas.
A introdução de um novo sorotipo em uma população previamente exposta a outros tipos pode levar a epidemias significativas.
Tratamento da doença
De acordo com a Sesa, os hospitais públicos de Vitória seguem o protocolo de manejo clínico para a doença.
O protocolo obedece as orientações do Ministério da Saúde para o atendimento a pacientes com dengue e prevê tratamento sintomático, com medidas de suporte e hidratação venosa, de acordo com a classificação do paciente nos estágios da doença.
O atendimento é realizado de acordo com a gravidade do caso. Em quadros mais graves, como em pacientes com hipotensão, são adotadas medidas para estabilizar o quadro.
Ainda de acordo com a secretaria, não existem tratamento ou medicamento específico para dengue. O manejo clínico é a principal abordagem para minimizar as complicações da doença. Todas as faixas etárias estão suscetíveis à dengue.
Sintomas da dengue
- Febre alta (maior que 38°C);
- Dor no corpo e articulações;
- Náuseas e vômitos,
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.