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O Espírito Santo registrou em 2022, nos três primeiros meses e meio do ano, (até a semana epidemiológica 14), cinco casos suspeitos de sarampo e nenhum confirmado. Em 2021, foram 41 casos suspeitos e 48 em 2020. Segundo a secretaria de Estado da Saúde, todos descartados para a doença.
Desde 2019, quando foram confirmados quatro casos importados de sarampo, que não há novos registros da doença em solo capixaba. Na ocasião, 304 foram notificados como suspeitos.
No último dia 4 começou em todo o país uma campanha de vacinação contra o sarampo. No Espírito Santo, ela foi antecipada como estratégia para otimizar a vacinação do público-prioritário desde a última semana de março.
Nesta primeira etapa, que acontece até o próximo dia 2 de maio, serão contemplados os trabalhadores da saúde. A partir do dia 3, começa a segunda etapa quando p imunizante estará disponível para crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade.
Dados do Ministério da Saúde apontam que 365 mil capixabas, aproximadamente, estão aptos a receberem a vacina. A vacinação contra o sarampo vai ocorrer até o dia 03 de junho, sendo o dia D de mobilização social no dia 30 de abril.
Sarampo é uma doença infecciosa, contagiosa e pode até matar
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo, o sarampo é uma doença infecciosa, aguda, transmissível e extremamente contagiosa. Ela pode, inclusive, evoluir com complicações e óbito em crianças menores de um ano de idade.
“Desde 2019, o Brasil voltou a ser um País endêmico para esta doença, com registros de surtos, o que fez com que perdêssemos o certificado de País livre do sarampo, em virtude das baixas coberturas vacinais. É importante que a população, em especial os pais de crianças de seis meses a menores de cinco anos, levem seus filhos à unidade de saúde mais próxima para receber também esta dose. A vacina contra o sarampo é uma estratégia já incorporada desde a década de noventa. É segura e auxilia a controlar surtos de sarampo, reduzir internações, complicações e óbitos”, informou.
Cobertura no ES está abaixo da meta
Dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), apontam que a cobertura vacinal da Tríplice Viral em 2021 foi de 72,62%. A meta de cobertura ideal estipulada pelo Ministério da Saúde é de 95%.
“Estamos há dois anos sem registrar casos confirmados por sarampo no Estado, desde 2019, quando tivemos quatro casos importados, ou seja, pessoas que adquiriram a doença em viagem a estados com surto. Por isso, a vacinação é tão importante. É uma forma de cuidado com as crianças e com a nossa saúde para que, desta forma, também possamos voltar a ser um País livre do sarampo”, destacou a coordenadora.