Saúde

Especialistas alertam para a contaminação do HPV no Carnaval

Doença pode ser transmitida pelo beijo e é comum a contaminação nos jovens

Foto: Divulgação

O Carnaval é a festa mais popular do Brasil, é um período de muita alegria e divertimento onde a população, em sua maioria jovem, sai às ruas e desfruta de quatro dias de celebração. Esta grande festa esconde uma grave e oculta ameaça, o vírus HPV. 

Uma doença silenciosa que muitas vezes não se manifesta pelo corpo mas pode se tornar fatal. “Além do HPV, durante esta época aumenta também a transmissão do vírus Epstein-Barr, responsável pela Mononucleose, ou doença do beijo”, explica a cirurgiã dentista, Janaína Melo.

A doença provoca febre, enfartamento dos gânglios do pescoço e das axilas, comprometimento do fígado e do baço, entre outros sintomas. O vírus também pode ser contraído através de objetos contaminados e transmissão de sangue contaminado.

Ela lembra que há 20 anos, o HPV era encontrado, em sua maioria, em pacientes com idade acima de 50 anos. Mas ele vem migrando desta faixa etária e se popularizando cada vez mais entre o público jovem, e o que mais contribui para isso é a sua transmissão, que ocorre através das mais diversas formas, como o compartilhamento de copos com pessoas infectadas, relações sexuais desprotegidas, sexo oral e também através do beijo, todas são práticas que se tornam mais comuns durante o carnaval.

O HPV é apresentado em mais de 150 variantes, que em sua maioria é inofensiva para o ser humano, mas algumas se tornam letais e podem desenvolver graves doenças como câncer de boca, da faringe e da amídala. Estima-se que 25% a 50% das mulheres e 50% dos homens estejam infectados com o HPV. De cada 10 casos de câncer de amídala, 8 estão relacionados ao HPV e 1 a cada 3 pessoas que desenvolveram câncer na boca, são portadores do vírus.

A prevenção é a forma mais eficiente para evitar o vírus HPV e o Epstein-Barr, responsável pela Mononucleose. “A principal orientação é evitar o compartilhamento de copos, o sexo oral e a troca de parceiros”, reforça a especialista.