Saúde

Estudo comprova que tratamento com animais motiva pacientes psiquiátricos

Cães, roedores, aves e répteis fizeram parte dos estudos e ajudaram pacientes com dificuldades motoras, neurológicas e de fala.

Foto: Divulgação
Os pacientes passaram a se vincular ao método terapêutico e a esperar as visitas semanais dos animais.

A interação de pacientes psiquiátricos com animais resultou em uma melhoria motivacional, segundo um estudo pioneiro realizado pelo Hospital Vera Cruz. Os resultados do projeto foram apresentados pela psicopedagoga Liana Pires Santos, no Curso Pet Terapia, durante a Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade.

Na palestra “Resultados de Implantação de Projeto de TAA em Instituição de Saúde Mental (Hospital Psiquiátrico)”, Liana fez um resumo do trabalho, que terminou em 2018, e que acompanhou por um ano pacientes psiquiátricos.

Com base no perfil dos pacientes, eles recebiam visitas de quatro grupos de animais: caninos, para quem tinha dificuldades motoras; roedores e lagomorfos (como coelhos), para esquizofrênicos, autistas, entre outros; aves com bico curvo, para quem precisava estimular a linguagem e trabalhar a atenção; e até jabutis, para pacientes com distúrbio de aprendizagem, por exemplo.

“Conseguimos mensurar ganhos psiquiátricos. Os pacientes passaram a se vincular ao método terapêutico e a esperar as visitas semanais dos animais. Concluímos que a terapia alterou e melhorou questões motivacionais”, afirmou Liana. O trabalho foi feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, com o objetivo de mobilizar terapias inovadoras na área psiquiátrica.

Indicadores médicos são essenciais para reabilitação de lesões de alto risco

Garantir a qualidade de vida de um paciente que teve uma lesão, incluindo atletas de esportes de alto risco, não depende apenas de uma eventual cirurgia. Ter em mãos indicadores e dados pode ajudar o médico a tomar as melhores decisões, como a hora correta de permitir a volta à atividade física e, inclusive, convencer o paciente a seguir cuidados para que não se machuque novamente.

Essa foi uma das dicas de Páblius Staduto Braga da Silva, médico especializado em medicina do esporte, que ministrou a palestra “Tratamentos bem-sucedidos para reabilitação de atletas de esportes de alto risco”. 

O especialista abordou a definição de esportes de alto risco, contou cases ocorridos em seu consultório, ensinou conteúdos técnicos sobre atendimento e, claro, divulgou vários indicadores sobre lesões. “Quanto mais informações o médico tiver, melhor o trabalho no dia a dia e mais garantia de oferecer melhor qualidade de vida para o paciente, mostrando de onde ele ‘partiu’ e onde ‘está agora'”, afirmou.

Jogos Equestres Integrativos proporcionam mais interação sensorial, criatividade e confiança para pessoas com deficiência

Como melhorar a interação afetiva e emocional de pessoas com deficiência relacionando os processos de aprendizagem por meio da Equoterapia? Essas e outras questões foram respondidas pela psicopedagoga Liana Pires Santos na palestra “Jogos Equestres Integrativos”. 

“Os jogos equestres integrativos ajudam no desenvolvimento biopsicosocial de pessoas portadoras de necessidades especiais. Eles propiciam uma melhor dinâmica em grupo e ajudam com situações lúdicas. Por isso, o objetivo da palestra foi mostrar as muitas possibilidades de atuação da prática com mais de um cavalo na pista, como essas atividades podem ser realizadas com critérios e sem riscos”, afirmou.

Liana acredita que é importante trazer a equoterapia para uma feira desse porte, pois é necessário mostrar e atualizar as muitas possibilidades de situações em que a equoterapia pode ser aplicada.