O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou neste sábado (28), que os estudos sobre a cloroquina para o combate à covid-19 ainda são muito incipientes.
“Se sairmos com a caixa (de cloroquina) na mão dizendo que pode tomar, podemos ter um problema”, disse o ministro em coletiva de imprensa nesta tarde de atualização dos números de casos do novo coronavírus no País.
Na última quinta-feira, 26, o presidente Jair Bolsonaro, apareceu com uma caixa de Reuquinol (a base de hidroxicloroquina) na mesa durante participação da videoconferência do G-20.
O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, disse em outra ocasião, que o uso da cloroquina pela população pode, na realidade, ter efeitos nocivos para a saúde. “A cloroquina é um medicamento indicado em condições específicas, mas ele tem contraindicações. Pode ser tóxico em médio e longo prazo”, afirmou à imprensa ontem.
“A cloroquina não é um medicamento para evitar a doença. Os estudos ainda estão sendo realizados. Estão seguindo um rito muito mais acelerado que o tradicional”, disse o secretário.
A medicação, que é usada no combate à malária, vai ser produzida em larga escala e distribuída em hospitais de todo o País para ser testada em pacientes em situação grave.