Quase 30 mil pacientes aguardam na fila por cirurgias eletivas somente na região metropolitana, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Elas são procedimentos considerados não emergenciais, e que podem ser adiados pelo período de até um ano. Mas a demora excessiva pode piorar as condições de vida dos que esperam.
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É o caso do drama vivido pelo aposentado Pedro Fraga Loureiro, morador de Vila Velha. Ele aguarda há quase um ano para fazer uma cirurgia na bexiga, para enfim, deixar de utilizar uma sonda. Os pedidos de uma cirurgia foram feitos por médicos, mas a família não consegue marcar.
“Andar na rua com essa sonda é muito ruim. Quero que agilize logo essa situação para que a minha vida melhore. Quero trabalhar”, pede.
Já o aposentado Adonias Rodrigues, de Cariacica, guarda há 2 anos e 10 meses o momento para realizar a mesma intervenção cirúrgica, após se tratar de um câncer de próstata.
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“Eu preciso de uma nova cirurgia depois que tratei do câncer. Estou até hoje aguardando. Não tem retorno nenhum, não me dão data. Fica um sentimento de tristeza, é horrível essa espera”, reclama.
Ele afirma que já recebeu vários encaminhamentos diferentes, mas ainda não conseguiu realizar o procedimento para se livrar da sonda. A última previsão dada era cerca de seis meses, mas já está próximo do prazo e ele não sabe se conseguir ser atendido.
Outro lado
Por meio de nota, a Sesa informou que desde maio do ano passado, ampliou a oferta das cirurgias através de uma parceria com hospitais contratados por meio de uma política estadual de contratualização da participação complementar ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Por meio dessa atuação, hospitais da rede filantrópica e privada firmaram contratos com a Sesa para garantir o atendimento das demandas, ampliando a quantidade de consultas e cirurgias eletivas no Espírito Santo.
A pasta afirma que, no último ano, foram realizadas mais de 105 mil cirurgias eletivas no Estado.
“Com a política da nova contratualização, o atendimento eletivo será potencializado com aumento da oferta de atendimento na rede própria e contratada, sendo uma ação contínua da secretaria”, reforça.
Em relação aos aposentados entrevistados na matéria, a Sesa não deu retorno sobre data para marcação de suas cirurgias.
Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record TV
