De acordo com a especialista em genética médica, Carolina Fischinger Moura de Souza, quanto maior o grau de parentesco, mais aumenta o risco do filho de pessoas da mesma família ter doenças genéticas. O assunto veio à tona, após Dado Dollabella assumir namoro com a prima Marina Dolabella e cogitar a possibilidade de ter filhos. Por isso procuraram um médico geneticista para fazer exames, segundo a colunista do R7 Keila Jimenez.
“Se não tiver histórico, o risco de um casal do mesmo sangue ter filhos com doenças é de 5% a 6%. Já o da população geral é de 3%, segundo estudos. Na comparação, é maior, mas é considerado baixo”, disse a médica. No caso, Dado e Nina são primos de primeiro grau.
Quando o casal procura aconselhamento genético, o procedimento habitual é construir todo o histórico familiar para verificar os riscos de doenças genéticas na família. “Às vezes, o pai e a mãe não têm nenhuma doença, mas carregam o gene da mutação recessiva e passam para o filho. Isso é mais frequente em uma família do que fora dela”, explica a médica.
Isso acontece porque é maior a chance de membros da mesma família possuírem o gene recessivo — aquele que só manifesta sua característica se for herdado, ao mesmo tempo, do pai e da mãe — para uma determinada doença.
Como saber?
“Existem testes genéticos que podem ser realizados para detectar a compatibilidade do casal. É possível verificar a probabilidade de até 600 doenças e escolher um grupo específico também”, esclarece a médica.
Ela também destaca a importância do teste do pezinho, que permite o diagnóstico precoce de diversas doenças congênitas e é oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O Ministério da Saúde recomenda que ele seja feito entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê.
“O teste deve ser o mais amplo possível. A criança também pode ser avaliada por um geneticista para ver se há alguma condição passível de tratamento”, aconselha.
Casais com histórico
Caso haja histórico na família de doenças genéticas, o risco de 5% aumenta. Além disso, fatores externos também influenciam. Carolina cita o tabagismo como exemplo.
Ainda de acordo com a especialista, as doenças genéticas recessivas mais frequentes são fibrose cística (considerada grave e afeta principalmente os pulmões e o pâncreas, causando obstrução); anemia falciforme (deformação dos glóbulos vermelhos, que causa redução do fluxo de oxigênio); e atrofia muscular espinhal.
Fonte: Portal R7