Saúde

Fique atento às precauções que previnem o câncer de pele

Câncer de pele é o que mais acomete os brasileiros

Foto: J Bussade
Pessoas de pele clara devem ter mais cuidado com a pele. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), até o fim de 2018, a estimativa foi do surgimento de cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele – número que corresponde a 33% de todos os casos de tumores malignos no Brasil. Durante o verão a pele exige cuidados redobrados para evitar os efeitos nocivos dos raios solares. O sol é umas das causas  principais do aumento nos índices de tumores de pele entre a população brasileira. 

Para pessoas que costumam ficar expostas ao sol, é preciso reforçar o uso do protetor solar diariamente, principalmente no rosto. Se a exposição aos raios solares for maior, como na praia ou piscina, por exemplo, é importante abusar do protetor no corpo todo, usar chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV e evitar horários em que a incidência solar esteja mais forte, ou seja, entre 10 e 16 horas.

Pessoas de pele clara, cabelos claros ou ruivos, com sardas e olhos claros são mais propensas a desenvolver o câncer de pele e devem usar filtros solares com fator de proteção maior, acima de 30. “É importante aplicar o protetor meia hora antes da exposição solar e reaplicá-lo a cada duas horas. O produto pode ter sua ação diminuída quando em contato com o suor excessivo ou água da piscina ou do mar. Por isso, nestes casos, deve-se fazer a reaplicação imediatamente”, afirma a médica oncologista, Juliana Alvarenga. 

O histórico familiar e a idade são fatores que também devem ser considerados. Quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer não-melanoma.

A oncologista destaca que é importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologista) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada para descobrir os possíveis riscos que os raios solares de verão podem causar na pele.

Entenda os diferentes tipos de câncer de pele e os possíveis tratamentos

O câncer de pele não-melanoma pode ser classificado em: carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O primeiro é o tipo mais frequente, com crescimento normalmente mais lento. O diagnóstico se dá, usualmente, pelo aparecimento de uma lesão nodular rosa com aspecto peroláceo na pele exposta do rosto, pescoço e couro cabeludo. Já no carcinoma espinocelular, mais comuns em homens, ocorre a formação de um nódulo que cresce rapidamente, com ulceração (ferida) de difícil cicatrização.

É recomendável a ressecção cirúrgica destas lesões por especialista habilitado para adequada abordagem das margens que a rodeiam. Posteriormente, dependendo do estágio da doença, pode ser necessária a realização de tratamento complementar.