A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracteriza-se pelo tratamento de indivíduos que possuem um distúrbio clínico importante e a necessidade de monitorização contínua. O adequado tratamento é de extrema relevância e deve ser realizado pela equipe multidisciplinar.
Dentre estes profissionais, o papel do fisioterapeuta se destaca por promover diretamente a evolução dessas pessoas na manutenção das funções vitais do sistema corporal, bem como na prevenção de possíveis agravos clínicos.
A fisioterapeuta Letícia Correa, atua na UTI da Santa Casa de Cachoeiro, há 6 anos e segundo a especialista, os critérios básicos para o bom funcionamento de uma UTI é a presença de um fisioterapeuta.
“A função do fisioterapeuta é essencial para ajudar na diminuição de complicações, principalmente, tratando-se da respiração, reduzindo assim o sofrimento dos pacientes. Outros fatores que ressaltam a importância da presença do fisioterapeuta é garantir a recuperação funcional desses pacientes e uma qualidade de vida pós alta da UTI, impactando também na diminuição dos custos hospitalares.”
Este profissional utiliza-se de técnicas, recursos e exercícios terapêuticos em diferentes fases do tratamento. O plano de cuidados é organizado e aplicado de acordo com as necessidades atuais dos pacientes, como o posicionamento no leito, técnicas de facilitação da remoção de secreções pulmonares, técnicas de reexpansão pulmonar, técnicas de treinamento muscular, aplicação de métodos de ventilação não invasiva e ventilação mecânica invasiva, exercícios respiratórios e musculoesqueléticos.
O principal objetivo de o fisioterapeuta intensivista é favorecer a alta desse paciente, de modo que ele tenha uma maior funcionalidade e saia o mais precocemente da Unidade de Terapia Intensiva. Sua principal missão é a reabilitação do paciente crítico, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas.
A Fisioterapia Intensiva é uma especialidade reconhecida pelo COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) e pelas principais sociedades que trabalham com pacientes em Terapia Intensiva. O profissional especialista está apto a lidar com o paciente crítico, oferecendo a ele o manejo e monitorização adequada do suporte ventilatório, reabilitando os pacientes de sua limitação motora grave, através de recursos e aplicando todo seu conhecimento para melhor gestão dos cuidados.