Bolinhas vermelhas na virilha, na barba, nas nádegas e nas coxas podem ser sinais de foliculite. Este problema, que também pode aparecer em outros locais do corpo, costuma ser confundido com espinhas, por conta da cor e dos sinais de inflamação. Mas, diferente da acne, a foliculite acontece exclusivamente nos folículos pilosos.
A foliculite pode aparecer em qualquer pessoa em algum momento da vida. Contudo, o distúrbio é mais frequente em pessoas negras, asiáticas, obesas ou com baixa imunidade.
Causas da foliculite
É a partir dos folículos capilares que nascem os pelos e cabelos do corpo humano. A foliculite é, portanto, uma inflamação ou até mesmo uma infecção nestes locais.
Este problema pode ter diferentes causas, mas as mais comuns são:
– Depilação incorreta, seja com lâminas, seja com cera.
– Pelos encravados.
– Imunossupressão.
– Jacuzzis ou piscinas públicas com níveis de cloro e de pH desregulados;
– Roupas justas ou outras que retêm muita umidade e calor.
– Escoriações na pele, picadas de inseto ou outras coisas que comprometam a integridade dos folículos.
– Uso contínuo de esteroides e de antibióticos.
A principal causa é a infecção pelo Staphilococcus aureus. Esta é uma bactéria comum que se aloja na pele. Além disso, outros microorganismos, como vírus e fungos, podem causar lesões cutâneas características desse distúrbio.
“Tudo começa com a inflamação causada pela bactéria Staphylococcus aureus. O quadro pode ocorrer em qualquer lugar da pele, a qualquer idade, sendo mais vista no rosto, pescoço, couro cabeludo, axilas, coxas, nádegas e virilha. A foliculite acomete homens e mulheres, mas os homens podem enfrentá-lo com maior frequência por fazerem a barba regularmente”, explicou a esteticista cosmetóloga, Maíra Mendes.
Como detectar a foliculite
A foliculite pode ser reconhecida por meio da identificação dos principais sintomas. Ela pode se apresentar de maneira mais superficial ou profunda.
– Pelos encravados.
– Pele avermelhada e inchada em volta da base do pelo ou fio de cabelo.
– Pequenas lesões ou feridas, semelhantes a espinhas.
-Coceira.
– Sensação de queimadura.
Nos casos mais graves, os sinais são mais fortes.
– Bolinhas semelhantes a espinhas, com pus no interior.
– Área intensa e avermelhada.
– Inchaço.
– Dor na região.
– Cicatrizes na área.
Complicações da foliculite
A foliculite pode causar problemas bastante incômodos e até sérios, se não tratada. Dessa forma, o distúrbio pode desencadear:
– Manchas escuras na pele.
– Perda permanente do nascimento de pelos ou cabelos na área.
– Foliculites recorrentes
– Abscessos e outras complicações.
Como acabar com a foliculite
Para começar, é preciso entender que o tratamento da foliculite vai depender, essencialmente, da sua causa. Nos casos mais leves, apenas o uso tópico pode resolver o distúrbio; nas situações mais profundas, talvez seja necessário o uso de medicamentos como antibióticos. Dessa forma, a melhor maneira de cuidar da foliculite é procurando um médico dermatologista.
Para a foliculite superficial e leve:
– Higienizar a região com água morna e sabonete antisséptico. Secar bem, sempre com toalhas limpas.
– Fazer compressas mornas várias vezes no local. Ao finalizar o procedimento, lembrar de secar a área com toalhas limpas.
– Escolher um creme com propriedades anti-inflamatórias.
– Fazer esfoliação da pele, de maneira que sejam retiradas as células mortas e realizar uma limpeza mais profunda do local. Frequência de, no máximo, duas vezes por semana.
– Usar roupas leves com tecidos de algodão.
– Cuidado na hora de retirar os pelos. Na hora de depilar, é fundamental usar creme de barbear ou depilatório. Nos casos da lâmina, passa-se no sentido do crescimento dos pelos.
Para a foliculite profunda:
O médico fará uma avaliação com exame físico e observação. Em casos mais sérios, o dermatologista pode até mesmo recolher uma amostra das pústulas para avaliá-las em laboratório. Este procedimento vai identificar o microorganismo causador da foliculite.
Os tratamentos podem ir de corticóides e antibióticos via oral, somados a loções de uso tópico, compressas e até mesmo sugestão de depilação a laser.
Ainda, abscessos maiores podem carecer de intervenção cirúrgica para dreno do pus.
Prevenção da foliculite
Agora que você já sabe as causas do distúrbio, é mais fácil evitá-lo no dia a dia.
No caso de depilação, é fundamental usar antissépticos depois do procedimento. A frequência de uso deve ser avaliada com um dermatologista. Também é importante lavar sempre as mãos antes de tocar a região.
Para fazer a barba ou depilar outras regiões, é preciso dar preferência para lâminas novas e passá-las no sentido do crescimento dos fios.
Usar roupas leves e mais folgadas é essencial para evitar o desenvolvimento e o agravamento da foliculite. Em caso de ida à praia ou piscina, é primordial trocar as vestimentas molhadas por secas o mais rápido possível.
Por fim, é ideal beber bastante líquido e evitar alimentos gordurosos.