Vida Saudável

Fome emocional: como as emoções atrapalham o emagrecimento

As emoções afetam suas escolhas alimentares e dificultam o emagrecimento. Veja dicas para controlar a fome emocional

Foto: Freepik
Foto: Freepik

Você já parou para pensar por que, em alguns momentos, parece impossível resistir ao chocolate ou à pizza no final do dia? É a fome emocional.

Para muitas pessoas, a relação com a comida vai muito além de nutrição – ela se torna um mecanismo para lidar com emoções.

Leia também: Doença Hepática Metabólica: gordura no fígado oferece riscos?

Esse comportamento, conhecido como comer emocional, é mais comum do que parece e pode impactar negativamente a saúde física e mental.

O que é fome emocional?

Comer emocional acontece quando usamos a comida para enfrentar sentimentos como estresse, tristeza ou ansiedade.

Em vez de comer para satisfazer a fome física, a pessoa busca suprir um vazio emocional ou aliviar o desconforto causado por esses sentimentos.

Embora traga alívio momentâneo, esse hábito não resolve as causas emocionais e pode levar a um ciclo de culpa e insatisfação.

Fome física x fome emocional

Identificar a diferença entre fome física e fome emocional é essencial para retomar o controle das escolhas alimentares. Veja as principais diferenças:

  • Fome física: surge de forma gradual, pode ser saciada com qualquer alimento e gera saciedade real.
  • Fome emocional: aparece de forma repentina, acompanhada de desejo por alimentos específicos (principalmente doces e comidas ricas em gordura), e está relacionada a gatilhos emocionais, não às necessidades do corpo.

Ao reconhecer essas diferenças, você já dá um grande passo para evitar o consumo impulsivo.

Como lidar com o comer emocional?

Se você percebe que as emoções estão influenciando suas escolhas alimentares, há estratégias simples que podem ajudar:

  1. Identifique seus gatilhos emocionais
    Observe suas emoções antes de comer. Pergunte-se: “Estou com fome ou tentando aliviar uma sensação desagradável?”. Esse momento de reflexão ajuda a trazer mais consciência ao ato de comer.
  2. Busque alternativas para lidar com as emoções
    Em vez de buscar conforto na comida, experimente práticas como:
    • Escrever sobre seus sentimentos
    • Meditar ou respirar profundamente
    • Conversar com um amigo ou familiar
  3. Adote uma abordagem gentil e sem restrições severas
    É importante lembrar que lidar com o comer emocional é um processo. Não se cobre por mudanças radicais. Pequenas vitórias, como reconhecer um episódio de fome emocional e interrompê-lo, já representam grandes avanços.

Quando procurar ajuda profissional?

Se a relação com a comida está gerando sofrimento ou prejudicando sua saúde, buscar apoio profissional pode ser fundamental. Um nutricionista especializado em comportamento alimentar pode ajudar você a:

  • Identificar padrões emocionais
  • Desenvolver estratégias personalizadas para lidar com as emoções
  • Adotar uma alimentação mais equilibrada, sem terrorismo nutricional

Relação mais saudável com a comida

As emoções têm um impacto poderoso sobre nossas escolhas alimentares.

Identificar e lidar com a fome emocional é um passo essencial para conquistar uma relação mais saudável com a comida e, consequentemente, facilitar o emagrecimento.

Esse processo exige paciência, mas cada passo vale a pena para alcançar uma vida mais equilibrada e plena.

Isabele Lessa Colunista
Colunista
Nutricionista Clínica e Comportamental, especialista em Saúde da Família. @nutribelelessa