Os municípios de Cariacica e Vila Velha estão monitorando dois casos de suspeita de sarampo, um em cada localidade. Somente neste ano, pelo menos 22 casos suspeitos da doença foram notificados na Grande Vitória. Na maior parte deles, a hipótese da infecção foi descartada.
Em Cariacica, cinco casos suspeitos foram notificados nos bairros Castelo Branco, Jardim de Alá, Flexal II, Santa Paula e Nova Rosa da Penha I, onde está o caso que ainda segue sob investigação. No município, não houve mortes suspeitas.
A Vigilância Epidemiológica do município está fazendo visitas aos bairros, pois todo caso suspeito gera uma investigação e ações de bloqueio vacinal. Por isso, estão sendo feitas abordagens também em casas.
Em Vila Velha, o setor responsável recebeu 17 fichas de notificação compulsória de casos suspeitos de sarampo. Todos os casos foram investigados e monitorados. Do total de casos notificados, 16 foram descartados, nenhum foi confirmado.
Um caso ainda segue em investigação e trata-se de uma criança do sexo masculino, de 11 meses de idade. Ela não é vacinada contra o sarampo por não possuir idade mínima dentro do protocolo da rotina para receber a vacina tríplice viral.
No Espírito Santo, ainda não houve nenhum caso confirmado. A rotina de vacinação segue normal, com duas doses para pessoas de 1 a 29 anos e uma dose, de 30 a 49 anos. Os documentos necessários são CPF ou cartão nacional do SUS e cartão de vacina para avaliação da aplicação da dose. Se a pessoa não tiver o cartão de vacina, será iniciado um novo esquema vacinal para o cidadão.
Em Cariacica, a vacinação contra sarampo acontece nas segundas, quartas e sextas-feiras, nas seguintes unidades: Bela Aurora, Bela Vista, Operário, Cariacica Sede, Itaquari, Itapemirim, Novo Brasil, Nova Rosa da Penha II, Oriente, Rio Marinho, Santa Bárbara, Santa Fé, São Francisco e Valparaíso.
Sarampo
De acordo com o Ministério da Saúde, o Sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após.
Atualmente, a única forma de prevenção da doença é por meio da imunização com a vacina tríplice viral distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde e disponibilizada para toda a população nas salas de vacina. A vacina é segura, eficaz e previne contra três tipos de vírus: Sarampo, caxumba e rubéola.
A vacina tríplice viral está indicada na rotina para pessoas de 12 meses a 49 anos de idade. Sendo que, de 12 meses a 29 anos de idade, o indivíduo precisa comprovar duas doses da vacina tríplice viral em sua caderneta de vacina e de 30 a 49 anos de idade, uma dose do imunobiológicos é suficiente.
Nos casos de bloqueio vacinal seletivo, o Ministério da Saúde orienta a imunizar também as crianças na faixa etária de 06 a 11 meses de idade. Sendo a dose de bloqueio não válida para a rotina. Ou seja, aos 12 meses de idade, a criança receberá nova dose da vacina tríplice viral.