Saúde

Gravidez x atividade física: entenda a relação!

"São poucos os casos em que as gestantes devem evitar os exercícios", diz educador físico.

Foto: Divulgação

Durante muitos anos a prática de exercícios físicos por mulheres gestantes foi proibida por uma crença de que a realização não faria bem ao bebê. Segundo o profissional de educação física Gabriel Silveira, são poucos os casos em que as gestantes devem evitar os exercícios. 

Sem dúvida, uma atenção maior precisa ser dada durante a gravidez, inclusive ao primeiro trimestre da gestação, pois é quando existe um risco de descolamento da placenta. Caso esteja liberado pelo obstetra, a grávida pode dar continuidade ou até mesmo início as atividades. Neste caso, as mulheres que praticam exercícios antes da gestação, possivelmente terão maior facilidade em adaptar os treinos, mas deverão ser realizados em intensidades mais baixas que o habitual.

Gabriel indica que as gestantes que ainda não praticavam exercícios, podem incluir caminhadas leves de 30 minutos. “Comece caminhando 3 vezes na semana e depois aumente essa frequência aos poucos. Com o auxílio de um profissional, a gestante pode realizar ainda musculação, pilates, treinamento funcional, dentre outras atividades. É importante evitar atividades que envolvam impacto e que tenham um risco grande de queda”.

Entre os benefícios da prática de exercício estão o controle da pressão arterial, diminuindo assim o risco de desenvolver pré-eclâmpsia, além da melhora na postura e redução das dores musculares, principalmente na coluna. O fato de ser um período em que as mulheres costumam comer mais, aumentam-se também os riscos de desenvolver obesidade e diabetes gestacional, praticar exercícios físicos ajuda também a controlar o peso corporal já que, o gasto calórico proporcionado pela atividade evitará ganhar peso de forma excessiva.

O profissional alerta que alguns exercícios abdominais devem ser evitados, pois geram um grande aumento da pressão intra-abdominal (dentro da barriga) e com isso, aumentam as chances de desenvolver uma diástase abdominal. A mulher também deve evitar ficar por períodos prologados na posição supina (barriga para cima) pois o peso do feto comprime a veia cava inferior, que é responsável pelo retorno do sangue venoso ao coração.