Frango inteiro, em pedaços, temperado. As formas que o produto é comercializado são muitas, assim como as maneiras de preparo.
“Muitas vezes eu faço recheado, grelhado, em formato de bife, enfim, de várias formas porque eu gosto muito de frango”, explica a aposentada Luzia Martins.
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A carne de frango também é a preferida da dona de casa Gloria Barbosa, principalmente, por ser mais barata. Mas as notícias sobre os casos de gripe aviária têm lhe trazido preocupação.
“Essas doenças vão aparecendo e a gente fica cismada em comer”, confessa.
Mas não há motivo para medo. Desde os primeiros casos confirmados de H5N1 no mês de maio, os produtores no Espírito Santo reforçaram as medidas de biossegurança para proteger as aves e impedir que o vírus chegue em granjas comerciais. Além disso, todo o processo de produção segue protocolos rígidos.
“A orientação para o setor comercial é exatamente redobrar a atenção e praticar incisivamente as ações de biossegurança. Ou seja, verificar o telamento das granjas, o cercamento da propriedade, para evitar a entrada de outros animais”, descreve Nélio Hand, diretor-executivo da Associação dos Avicultores do Espírito Santo (Aves).
Todo esse rigor e cuidado são para garantir a segurança dos produtos. Outro ponto importante é que não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio da alimentação.
O risco de infecção por gripe aviária em humanos é pequeno, mas existe. Em 20 anos, 868 pessoas foram infectadas no mundo e 53% dos pacientes morreram, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde. Evitar o contato com aves que estejam cambaleando ou desorientadas, por exemplo, é importante.
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“O importante é não entrar em contato com o animal estando ele vivo, cambaleante. Também deve-se tomar cuidado para não entrar em contato com as aves mortas ou as carcaças e dejetos desses animais”, recomenda o biologista Edson Delatorre. Ele também recomenda que não se alimente aves e pássaros em visitas a parques e lagos.
De 15 de maio até agora, o Brasil já registrou 53 casos de gripe aviária no Espírito Santo e em mais seis Estados. O primeiro foco em animais domésticos foi registrado no município da Serra, na última terça-feira (27).
Em razão disso, o Japão suspendeu temporariamente compras de carne de aves do Espírito Santo.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) contestou a medida. A pasta garante que não há restrições para comércio internacional de produtos e que o consumo continua sendo seguro.
Já a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lamentou a medida do pais e ressaltou que a decisão tomada pelas autoridades japonesas não está em linha com as orientações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record TV