A campanha de vacinação contra a gripe começou no dia 12 de abril com grupos que não eram prioritários para a imunização contra a Covid-19: crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas e indígenas.
Mas, na segunda-feira, dia 26, gestantes e puérperas – que já estão se vacinando contra a gripe – também foram incluídas no próximo grupo que irá receber a imunização contra a covid-19. No Espírito Santo, serão vacinadas 47.966 mulheres, e a previsão é de que a vacinação comece na próxima semana.
De acordo com especialistas, as duas vacinas são fundamentais e, por isso é importante ficar atento ao intervalo entre as aplicações dos imunizantes.
De acordo com especialistas, é necessário respeitar um prazo entre as duas vacinas para não prejudicar os efeitos. “Quem está recebendo a vacina para prevenir a influenza agora precisa esperar um intervalo de 14 dias”, orienta a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), Danielle Grillo.
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A regra não vale apenas para as vacinas da gripe e da covid-19, mas para qualquer imunizante, explica a infectologista Euzanete Cozer.
A médica ressalta que o prazo somente pode ser ignorado em casos de emergência, quando, por exemplo, o paciente sofre acidentes e precisa tomar vacinas como a de tétano, ou em casos em que precisa se vacinar contra a raiva.
O período de 14 dias deve ser considerado independentemente de qual vacina foi tomada primeiro. Então, se alguém receber imunizante contra a covid-19, deve aguardar pelo menos duas semanas antes de tomar qualquer outra vacina e vice-versa. O objetivo é garantir que o organismo reaja da maneira esperada.
Em casos de contato com o vírus, especialistas recomendam intervalo ainda maior para vacinação
Segundo a infectologista, depois de ter contato com o vírus, o corpo do paciente fica debilitado. Por isso, é preciso esperar antes de se vacinar. “O organismo precisa se restabelecer para conseguir reagir à vacina. É necessário aguardar um mês a contar do início dos sintomas para se vacinar. Mesmo que atrase a segunda dose eu devo esperar um mês para me vacinar”, explica Euzanete Cozer.
Além de pensar no organismo, é preciso pensar no outro. “Quando eu tenho sintomas de covid-19 e procuro a rede de saúde para me vacinar, coloco as pessoa em risco de contaminação. Mesmo quem tem gente isolada em casa, e não tem sintomas, não deve sair para se vacinar”, completa a infectologista.
A vacinação contra a gripe
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza 2021 vai até o dia 9 de julho e será dividida em três etapas. A primeira começou no dia 12 de abril e segue até 10 de maio.
Nela, serão imunizadas crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas e indígenas. Os trabalhadores da saúde começaram a ser imunizados no dia 19 de abril.
A segunda etapa terá início no dia 11 de maio e seguirá até o dia 8 de junho, e serão vacinados idosos e professores.
Na terceira etapa, de 9 de junho a 9 de julho, serão vacinadas pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros, urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; forças de segurança e salvamento; forças armadas; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.
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A vacinação contra a covid-19
No Espírito Santo, já foram vacinados com pelo menos uma das doses da vacina os trabalhadores da saúde e idosos acima de 60 anos. A expectativa da Sesa é começar a vacinação do grupo de pessoas com comorbidades na próxima semana. Grávidas e puérperas também foram incluídas neste grupo.
“Estamos bem adiantados na vacinação dos idosos de 60 a 64 anos, com 80% do público vacinado. Acreditamos que na próxima semana a gente já começa a vacinar o público de pessoas com comorbidades, inclusive as gestantes e puérperas com comorbidades”, afirmou a coordenadora.
Além dos grupos que já estão recebendo a primeira dose da vacina, a expectativa agora é para a imunização dos profissionais da educação.
De acordo com a Sesa, neste primeiro momento, serão destinadas 4.813 mil doses para esses profissionais. A vacinação dos professores ocorrerá seguindo um escalonamento por faixa etária e por categoria de trabalhadores, levando-se em consideração da maior idade para a menor. A vacina será aplicada em professores e auxiliares que atuam em sala de aula das creches com crianças de até 3 anos de idade, Pré-Escola, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio e Técnico, seguindo a ordem por idade: 50 a 59 anos; 40 a 49 anos; 30 a 39 anos; e 18 a 29 anos