Em média, segundo especialistas, um quadro gripal comum leva até sete dias para se curar totalmente, mas, em alguns casos, a tosse carregada, as secreções nasais espessas, as dores de cabeça e as dificuldades respiratórias podem se manter além desse período e até resultar em maiores complicações, como quadros de pneumonia.
Segundo o médico otorrinolaringologista Luiz Guilherme Patrial, se o paciente notar que os sintomas não estão diminuindo de maneira adequada, é possível que o caso seja de maior gravidade. O mais adequado é passar por uma reavaliação médica.
“As principais consequências de uma gripe mal curada são sinusite, faringite, laringite, otite e, em quadros mais graves, pneumonia e bronquite, infecções respiratórias que costumam aparecer principalmente no período invernal”, comenta Patrial.
Para evitar evolução dos casos gripais e complicações, é preciso ter alguns cuidados. Patrial aponta a necessidade de manter uma rotina saudável, com boa alimentação e hidratação, além de evitar o estresse.
“Também é indicado evitar ambientes com maior aglomeração de pessoas e se vacinar contra a gripe para prevenir, principalmente, o desenvolvimento de quadros mais severos”, diz.
A vacina para a gripe pode ser encontrada nos postos de saúde de todas as cidades, a recomendação é para pessoas acima de seis meses de idade, com foco em crianças e idosos, que possuem sistema imunológico mais frágil e se tornam mais propensos a quadros mais graves da gripe.
“O paciente deve fazer avaliação assim que apresentar sintomas, principalmente agora, para diferenciar de Covid-19, e a partir daí investigar fatores de risco para quadros mais graves”, disse.
O tratamento mais indicado é apresentado pelo médico, e em geral os quadros são sintomáticos, então o paciente nota a melhora ou a piora do caso. Outra atenção é para o período de inverno.
“Nesse momento, as variações de temperatura e a baixa umidade do ar fazem com que a via aérea superior fique mais suscetível à produção de muco e apresente menor eficiência na defesa contra os vírus”, diz o médico. Além disso, o frio ocasiona maiores aglomerações em ambientes fechados, favorecendo a transmissão viral.