Saúde

Hanseníase é uma doença de pele contagiosa e pode acometer pessoas de diferentes sexos e idades

Município de Venda Nova realiza ação sobre prevenção e tratamento da doença

Foto: Divulgação
Casos da doença no Espírito Santo tem diminuído em relação ao índice nacional. 

A hanseníase é percebida por meio de manchas na pele. Elas não doem, não coçam, mas podem causar dormência, queda de pelos, dentre outras manifestações. Os casos da doença em pessoas que ainda não foram diagnosticados e tratados podem ser contagiosos. Por isso, a atenção precisa ser redobrada durante todo o ano, pois a doença pode aparecer em pessoas de todos os sexos e idades.

Consultar um dermatologista ou um profissional da saúde é uma boa maneira de se informar a respeito da doença. Qualquer mancha suspeita no corpo deve ser investigada, e os sinais não podem ser negligenciados. Aqueles que não possuem plano de saúde podem procurar uma unidade de saúde próximo a residência e marcar uma consulta. 

Combate 

Em Venda Nova do Imigrante a saúde do corpo e da mente recebe atenção durante todo o ano. Em fevereiro é a vez da prevenção e tratamento da hanseníase receberem destaque. 

A conscientização se inicia nas casas dos vendanovenses. Agentes de saúde conversam sobre a hanseníase e explicam como funciona a identificação e os cuidados. Além disso, cada unidade de saúde do Município organiza cartazes para informar os moradores. A unidade de saúde oferece assistência necessária e encaminhamento para dermatologista no próprio Município. O paciente que receber diagnóstico de hanseníase terá acompanhamento gratuito, realizado pelo SUS. O tratamento pode durar 24 meses dependendo do caso.

No Estado 

A coordenadora do Programa de Hanseníase da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Marizete Puppin, explica que a doença têm diminuído no Estado. “São quase três décadas de trabalho intensivo. Temos um serviço contínuo nos municípios e o estado segue no fluxo contrário de outros no país, que tem aumentado o diagnóstico. O Espírito Santo tem um dos melhores índices de cura. O nosso paciente é diagnosticado, tratado e curado. Não deixamos abandonar o tratamento e, com isso, quebramos a cadeia de transmissão, porque só passa a hanseníase quem está doente”, explicou.

Mesmo com a diminuição no número de casos, a doença é considerada pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, porque trata-se de uma doença endêmica, como explica a coordenadora do Programa de Hanseníase da Sesa. “É uma doença que persiste. É uma endemia presente em todos os estados brasileiros e os números são muito altos em comparação ao que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS), que é menos de 1 caso por 10 mil habitantes. Por ser uma doença crônica, precisamos estar em permanente vigilância. No Brasil se fala em eliminação da doença, que significa trazer os números para os parâmetros e índices de menos 1 caso para 10 mil habitantes para todos os estados”, esclarece.