A hemofilia é uma doença rara e genética, que causa deficiência de proteínas responsáveis pela coagulação sanguínea. O Brasil é o terceiro país do mundo com maior número de pacientes acometidos, possui cerca de 10 mil hemofílicos, incluindo a hemofilia A (80% dos casos), e de forma menos prevalente, a hemofilia B.
A vida do paciente com hemofilia não é só lidar com hematomas e sangramentos prolongados quando há um machucado, extração de dente ou cirurgias. Os sangramentos espontâneos, principalmente nos músculos e nas articulações, são recorrentes em pessoas com hemofilia grave (ou seja, com atividade do fator coagulante menor do que 1%) e podem causar:
• Inchaços;
• Dores e pontadas;
• Rigidez;
• Dificuldade em usar articulações ou músculos.
Enquanto os músculos mais acometidos estão no braço, antebraço, coxa e panturrilha, as articulações mais afetadas são as do joelho, tornozelos e cotovelos. Se os sangramentos nessas áreas forem frequentes, as articulações ficam prejudicadas e doloridas, propensas à artrite e outras sequelas, como dificuldade para caminhar ou realizar atividades simples.
Em um momento delicado como o que estamos vivendo atualmente, é necessário que os pacientes com hemofilia tomem muito cuidado e sigam a riscas as recomendações de saúde acerca da covid-19. Mesmo não sendo um grupo de risco como os idosos e pessoas com problemas respiratórios, os hemofílicos normalmente precisam sair de casa várias vezes na semana para receber o tratamento profilático, colocando-os em risco.