Uma nova organização social assumiu nesta quarta-feira (06) a gestão do Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha. Mas 862 funcionários precisaram de uma decisão liminar, concedida pela 3ª Vara da Fazenda Pública, que bloqueou recursos do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), administradora anterior, para pagamento de salários atrasados e outros compromissos, que somam 8,7 milhões.
Os recursos bloqueados não serão usados para pagar os 250 médicos e cooperativas contratados como pessoas jurídicas. Eles não recebem desde agosto. A gestão atual, Instituto Gnosis, começou após rescisão do contrato com a antiga administradora, antes do tempo previsto.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a rescisão foi antecipada porque a organização estava com dificuldades para manter alguns serviços. O IGH havia se comprometido a garantir o funcionamento do hospital por até 40 dias, partindo do dia 15 de outubro, quando foi feito um acordo para o rompimento do contrato.
O IGH concordou em deixar a gestão depois que foram encontrados indícios de irregularidade pelo governo estadual. O prejuízo pode chegar a 37 milhões. A organização social contratada, em caráter de urgência, para a administração do Himaba. Ela vai atuar pelos próximos seis meses, livre das pendências do IGH, até a realização do chamamento público definitivo.
Atendimento prejudicado
Alguns pacientes reclamaram na manhã desta quarta-feira (06) que não conseguiram agendar o próximo atendimento de especialidades como cardiologia e reumatologia. Não houve marcação de consultas nesta quarta-feira.A dificuldade de entrar em contato pelo telefone, foi outro problema relatado.
*Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória / Record TV