
Os idosos são mais afetados pela onda de calor que atinge o Brasil, isso porque o mecanismo do sistema nervoso responsável pela sede não funciona mais da mesma forma que o de pessoas mais jovens. Isso faz com que essas pessoas bebam menos água do que o recomendado.
O baixo consumo de água pode causar diversos problemas aos idosos, como explica a geriatra Daniela Barbieri, que informa que os riscos de mortalidade aumentam com a chegada do calor intenso.
“O idoso que não se hidrata pode ter mais alterações de pressão, tontura, risco de queda, desmaios. Aumenta o risco cardiovascular, aumenta o risco de alterar a função renal, risco de infecção urinária. Além disso, essa onda de calor aumenta a mortalidade geral”, informou.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
De acordo com a médica, é preciso estar atento ao consumo de água e a sinais de desidratação que podem aparecer em pessoas idosas, como a cor da urina e ausência de saliva.
“É fundamental olhar a cor da urina, se está concentrada, forte, laranja, é sinal que tem pouco líquido nela. Se houver ausência de lágrima, de saliva, a gente já tem uma desidratação mais importante, um sinal de gravidade”
Por conta da falta de sede, convencer os velhinhos a beber água pode ser uma tarefa difícil. Para isso, nutricionistas recomendam águas saborizadas, sucos, chás e vitaminas.
Em uma casa de repouso da capital Vitória, a nutricionista Geovana Dalleprane explica que a água é oferecida periodicamente aos moradores e, mais que isso, cuidados com o calor também são fundamentais.
Por lá, o banho de sol teve até o horário reduzido durante a onda de calor, depois das 10h e antes das 16h, nada de se expor do lado de fora.
“Oferecer essa água a cada meia hora, uma hora para os idosos que não podem consumir água sozinhos. Para os que consomem água sozinhos, eles têm a própria garrafinha e caneca e vão ao bebedouro”, contou a nutricionista.
*Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record
Leia Também: Pomadas para cabelo: veja os riscos no uso de produtos ilegais