O câncer da cavidade oral, ou câncer de boca é uma doença silenciosa por seus sintomas se confundirem com sutis infecções bucais. De acordo com estudo feito pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para cada ano do biênio 2018-2019, no Brasil, estimam-se 11.200 casos da doença somente em homens, enquanto nas mulheres, essa taxa baixou para 3.500 casos.
Esses valores correspondem a um risco estimado de 10,86 casos novos a cada 100 mil homens e 3,28 a cada 100 mil mulheres.
Segundo a dentista Catarina Riva a causa dessa doença está atrelada a hábitos não saudáveis, como a má higiene bucal, o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, fatores que estão mais presentes na vida dos homens do que na das mulheres, além disso, elas optam pela prevenção indo sempre ao médico.
Esses hábitos podem ocasionar o surgimento da doença, porque somente o cigarro possui cerca de sete mil substâncias químicas tóxicas, que em contato com a boca pode influenciar na mutação gradual das células sadias atingindo as regiões da cavidade oral, assim, resultando na doença. Além da incidência pelo gênero, esse tipo de câncer é mais frequente em pessoas acima dos 40 anos e pode se desenvolver em qualquer parte da boca.
De acordo com a especialista, nem sempre é possível visualizar os primeiros sintomas que indicam a existência da doença, mas, é preciso ficar atento às feridas na região bucal que não cicatrizam, fica atento ao aumento de tecidos gengivais ou inchaços, manchas brancas ou vermelhas em qualquer região da boca e dor sem razão aparente.
Após o diagnóstico da doença, uma equipe de especialistas desenvolve um plano para tratamento especial para cada paciente, pois cada caso precisa ser estudado em decorrência do estágio do câncer. Quase sempre a cirurgia é indispensável, após isso, inicia-se um tratamento de quimioterapia ou radioterapia. É importante que o problema seja identificado precocemente para obter sucesso no tratamento.
A ortodontista relata que a melhor forma de prevenção além de uma boa higiene bucal e hábitos saudáveis é ir ao dentista. “É necessário que o paciente visite um profissional da saúde bucal pelo menos uma vez a cada seis meses. Muitas pessoas deixam de descobrir doenças nos estágios iniciais por não irem ao dentista com frequência, ou por pensarem que é uma simples afta sem importância. Quanto mais cedo procurar um dentista e fazer o diagnóstico correto, maiores são as chances de tratamento e recuperação”, finaliza.