Todos os dias nos deparamos com histórias diferentes. São histórias de superação e outras de muita batalha. Em meio à todas elas está a da pequena Nathália Solatti de Souza, de 7 anos. A menina mora com a família no bairro Santo André, em Cariacica, e foi diagnosticada com osteoporose e artrite idiopática juvenil (AIJ).
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O caso de Nathália é grave e preocupa os familiares, afinal, ela está com uma inflamação na coluna, que provoca fortes dores.
A mãe Regina Neves Solatti de Souza, de 40 anos, conversou com o Folha Vitória e contou a história da filha.
Os primeiros sintomas e o diagnóstico
Em 29 de março de 2022, Regina relatou que acordou, arrumou a filha e a levou para a escola, como acontecia semanalmente durante a manhã. Por volta das 11h20, a mulher que tomava conta de Nathália, foi buscá-la e seguiu cuidando dela até o fim da tarde.
Segundo a mãe, ela saiu do trabalho às 17h30 e foi para casa com a filha. Porém, durante o caminho percebeu que a criança estava puxando a perna e perguntou se ela havia caído, recebendo uma resposta negativa.
Regina contou que procurou a professora da menina, que também informou que ela não havia se machucado enquanto estava na escola. Por isso, a mãe resolveu dar um remédio para aliviar a dor e percebeu que a criança estava melhor no dia seguinte.
No entanto, mais uma vez, a cuidadora de Nathália notou que ela apresentava dificuldades para caminhar. A cuidadora ligou para a mãe e relatou a situação. Regina, então, levou a filha até o Pronto Atendimento (PA), onde foram feitos vários exames. Nenhum deles mostrou o que a pequena realmente tinha.
Apenas um dos exames de sangue apontou que algo estava errado. Nathália foi transferida para Vila Velha e passou por um consulta com um ortopedista.
Apesar de uma melhora inicial, Regina contou que três dias depois a menina piorou.
“Eu ia e voltava lá. Ficamos nessa luta. Fazendo raio-x, ultrassom e nada mostrava o que a Nathalia tinha. E todos os exames de sangue constavam que ela estava com algo. Foi sugerido uma ressonância”, relatou a mãe.
Em maio, Regina já não estava trabalhando mais para se dedicar à filha. Somente o marido continuou no emprego para manter o sustento da família.
Por isso, Regina disse ter se juntado a algumas pessoas que resolveram fazer uma campanha para arrecadar dinheiro e realizar uma exame chamado ressonância magnética na pequena Nathalia.
Novos exames para acompanhar o estágio da doença
A mãe de Nathalia contou que a filha foi diagnosticada com artrite em 4 de maio de 2022. Segundo ela, a partir desse dia, a menina começou um tratamento em que deveria tomar vários remédios.
“Nathalia toma uma injeção todo sábado que eu pego no CRE (Centro Regional de Especialidades). Ela toma o remédio todo dia de domingo a sexta, no sábado a injeção”, explicou a mãe.
Com exceção da injeção que a pequena toma semanalmente, todos os remédios que ela precisa a mãe compra. Ou seja, além dos gastos com os exames, as medicações também são necessárias durante o tratamento.
Ainda segundo a mãe, a menina também toma remédio para enjôo, porque passa muito mal por conta da injeção. No início deste ano, foi necessário realizar outra ressonância para verificar o estado de saúde da Nathalia e saber se ela está respondendo ao tratamento.
Para ajudar nos gastos, foi feita novamente uma campanha. Porém, segundo a mãe, a menina foi transferida para uma outra médica que pediu uma tomografia devido às suspeitas de outras doenças.
“Deus enviou uma pessoa que viu no story de alguém que se comoveu e ela abençoou. A gente conseguiu fazer essa tomografia”, contou.
Regina disse que a artrite acaba afetando a visão. Por isso, procurou o Sistema Único de Saúde (SUS) para conseguir um oftalmologista, mas contou que até o momento não conseguiu uma vaga disponível.
Dessa forma, foi necessário fazer mais uma campanha para arrecadar dinheiro e conseguir continuar o tratamento de Nathalia.
“Eu sou muito grata as pessoas que ajudaram, as pessoas que estão ajudando. Eu vim compartilhar a história, porque ela só tem sete anos. Tem muita gente que me para e fala: ‘mas como uma criança?’. Eu ainda também não sei responder como a Nathalia adquiriu essa doença. A médica também não me falou como a minha filha tá com essa doença, então, eu vim contar a história da Nathalia para vocês e compartilhar a nossa história”, desabafou Regina.
*Texto da estagiária Ana Paula Brito Vieira, sob supervisão de Ana Carolina Monteiro