Começou, na segunda-feira (31), a primeira etapa do inquérito epidemiológico no sistema penitenciário capixaba. Ao longo da semana, 1800 detentos e funcionários serão submetidos ao teste rápido de anticorpos contra a covid 19.
Caso
Flávio Henrique está preso há dois meses na penitenciária de segurança média 1, localizada no complexo de Viana. Chegou ainda durante a fase aguda da pandemia e ficou numa cela separada antes de se misturar aos demais internos.
Ontem (31), o detento de 26 anos foi submetido ao teste rápido de detecção de anticorpos contra o novo coronavírus. Primeiro ele teve que responder a um questionário e depois recebeu teve o sangue coletado. O resultado do exame não foi divulgado para a imprensa.
Contudo, Flávio Henrique não foi o único, entre os mais de 200 detentos da unidade, a ser testado. Ao longo desta semana, 1800 internos, agentes penitenciários e outros funcionários serão testados em todas os 34 presídios capixabas. Esta é a primeira etapa do chamado inquérito epidemiológico realizado na comunidade carcerária.
Dados
707 detentos já contraíram o novo coronavírus, entre os cerca de 22 mil internos. 2 não resistiram. Atualmente 20 apresentam sintomas. A Secretaria de Justiça do Estado acredita que a covid 19 tenha sido levada para dentro das unidades por funcionários
De acordo com Larissa Rodrigues Stiba, gerente de saúde do sistema prisional, os internos não tem contato físico com familiares. Recentemente a Sejus anunciou a retomada das visitas, mas eles ficam atrás de uma barreira de vidro nos encontros. Essas e outras medidas de distanciamento social poderão ser reavaliadas.
De acordo com a Secretaria de Justiça do Estado, em outubro será realizada mais um etapa do inquérito epidemiológico. Outras 2 mil pessoas serão testadas aleatoriamente no sistema prisional, que historicamente enfrenta superlotação.
Texto: Fernanda Batista Santos- TV Vitória
