Um pequeno corte pode ser algo corriqueiro para a maioria das pessoas, mas nem sempre é assim para quem tem hemofilia. A doença é hereditária e resulta de uma alteração genética, que se manifesta quase exclusivamente em homens. A falta ou diminuição de proteínas responsáveis pela coagulação sanguínea dificulta que o corpo possa conter sangramentos, o que, sem o devido tratamento, pode resultar em hemorragias graves.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 12 mil brasileiros são portadores da doença. A médica hematologista Alessandra Prezoti ressalta que dentre os principais sintomas apresentados pelos hemofílicos estão a presença de hematomas e sangramentos musculares e nas articulações.
“Essa é uma doença que, apesar de rara, é grave e precisa de tratamento. De maneira geral, existem dois tipos de hemofilia: a tipo A, que representa cerca de 80% de todos os casos registrados no país, e a tipo B. Sangramentos externos e internos podem evoluir para quadros graves de hemorragia”, explica a especialista.
Como o hemofílico deve se cuidar durante a pandemia de covid-19?
Durante a pandemia, os hemofílicos precisam adotar os protocolos da Organização Mundial da Saúde, como lavar as mãos frequentemente e seguir o isolamento social. Além disso, devem manter o tratamento habitual para a hemofilia. “Caso algum paciente apresente os sintomas da covid-19, deve entrar em contato com o hemocentro para as orientações em relação a necessidade de ajuste no tratamento da doença”, finaliza.