São necessários apenas ajustes de intensidade no exercício e um pouco de paciência até se adaptar.
Com a obrigatoriedade, muita gente tem perguntado se a proteção facial impacta a performance. Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, explica que o uso da máscara ainda deve durar mais algum tempo, por isso é preciso aprender a conviver com ela também na academia. Segundo ele, a respiração deve ser mais profunda e lenta para superar a resistência da máscara.
“É um momento de adaptação fisiológica. As atividades de alta intensidade serão especialmente difíceis de serem realizadas, mas é importante ter paciência, se manter em atividade e treinar de maneira leve ou moderada”, esclarece Netto.
Em toda rede Bodytech, os professores passaram por treinamentos antes do retorno. O objetivo foi prepará-los para prescrever séries levando em consideração o uso da máscara e outros cuidados do novo momento.
MELHORES MODELOS
As opções ideais para se exercitar são as máscaras já desenvolvidas para realização de atividades físicas e as feitas de algodão ou TNT – de preferência com camada dupla, filtro no meio e tecido hidrofóbico para evitar o acúmulo de líquido. Netto não indica o uso de máscaras produzidas especialmente para ambientes hospitalares e as N95.
Desde criança, Janaina Gurgel, de 47 anos, pratica atividade física, hábito que fez muita falta para ela durante a quarentena. Tanto que assim que a Bodytech Vitória reabriu, a consultora de imagem profissional voltou aos exercícios na academia e testou diversos modelos de proteção até encontrar o que mais funciona para ela, e até agora, foi a máscara descartável.
“No início, o maior desafio foi o uso da máscara. Eu senti que a respiração ficava um pouco comprometida, mas com o passar do tempo, eu me acostumei. Sem extrapolar meus limites, fui sentindo até onde podia ir”, conta. Hoje ela faz aula de localizada três vezes na semana na Bodytech Vitória, além de caminhar na rua nos dias que não vai à academia. Totalmente adaptada agora, não pensa em parar.