A partir de agora, pessoas com asma alérgica grave contam com mais uma opção de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do medicamento omalizumabe, que deve auxiliar no controle da doença. A asma está entre os problemas respiratórios mais comuns no país, atingindo a cerca de 20 milhões de brasileiros, sendo que entre 5% e 10% dos casos são considerados graves.
O medicamento é indicado justamente para o controle dos casos graves da doença, quando os sintomas são diários ou contínuos e sem resposta ao tratamento já disponível no SUS, com medicamentos anti-inflamatórios e de alívio à falta de ar (corticoides inalatórios e beta-2 agonista).
A Diretora do Departamento de Gestão de Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde, Vania Canuto, destaca que a incorporação do omalizumabe no SUS reflete a disposição do Ministério da Saúde de buscar continuamente as melhores opções de tratamento disponíveis no mundo para cuidar da saúde dos brasileiros, ampliando o conjunto de medicamentos disponíveis para o tratamento da asma grave.
“O omalizumabe atenderá a uma população bem específica, que mesmo recebendo o melhor tratamento atualmente disponível e seguindo corretamente todas as orientações, não consegue controlar a asma e continua tendo crises e, muitas vezes, passando por hospitalizações. Com esse medicamento, espera-se que ocorra a redução das internações, que os pacientes consigam controlar a doença e, consequentemente, melhorem a qualidade de vida”, explica Vania Canuto.
Doença
A asma é uma inflamação das vias aéreas que dificulta a respiração. É causada tanto por fatores genéticos (histórico familiar) associados a substâncias irritantes paras as vias aéreas, como fumaça, cheiros fortes, mofo e poeira, quanto por outros estímulos, como frio, fatores emocionais, atividade física e alguns medicamentos. Tem início, principalmente, na infância, mas pode atingir adultos também.
Os sintomas são variados e incluem falta de ar, tosse, dor e aperto no peito. Quando estas manifestações são regulares, impactam na qualidade de vida e produtividade das pessoas, gerando insônia, fadiga diurna, redução dos níveis de atividade e ausência na escola ou no trabalho.