Saúde

Medicina integrativa é tratamento e cura personalizada para doenças

O novo método tem gerado mais qualidade de vida para pacientes oncológicos e recém nascidos prematuros

Foto: Divulgação
Tratamento por meio de fitoterápicos tem garantindo bons resultados no combate a doenças. 

A busca constante dos pesquisadores em encontrar o melhor e mais eficaz tratamento tem trazido para a realidade alguns métodos que ao mesmo tempo são aceitos e muito bem vistos por médicos e criam dúvidas pelo seu conceito e modo de se integrar dentro dessa moderna medicina dos dias atuais.

Chamada de Medicina integrativa, ela se propõe a reafirmar a importância da relação entre o paciente e o profissional de saúde, focando na pessoa em seu todo. Ela trabalha com a informação por evidências e faz uso de todas as abordagens terapêuticas adequadas, com profissionais de saúde e disciplinas para obter o melhor da saúde e cura. Neste dia 23 de janeiro, o mundo celebra o seu dia.

Consiste em técnicas corporais não invasivas, isentas de qualquer base religiosa e adaptadas às necessidades e limitações do paciente. Realizadas individualmente, podem incluir práticas físicas, como alongamentos, exercícios respiratórios, massagens leves (sem óleos ou creme) e práticas de relaxamento conduzidas pela fala (voz) do terapeuta.

A medicina integrativa propõe uma parceria do médico e seu paciente para a manutenção da saúde. Começa, assim, por colocar o paciente como ator principal no processo, como seu próprio agente de saúde. O paciente deixa de receber passivamente o tratamento para uma doença e passa a participar ativamente da própria saúde. A saúde é também uma responsabilidade individual.

De acordo com a médica oncologista, Sabina Aleixo, setor onde a medicina integrativa é mais observada, hoje em dia é necessário associar forças para promover o melhor tratamento em saúde e cura para o paciente. “O médico sozinho não consegue fazer todo o trabalho então a medicina integrativa chega para nos dar mais uma alternativa de como ajudar aos pacientes”, disse.

No Hospital Evangélico, especificamente no setor de quimioterapia, são realizadas sessões de massoterapia com os pacientes. É uma parceria entre o curso técnico Apogeu e o HECI que proporciona aos pacientes em tratamento um momento individualizado com a massagem e uma conversa. E tem sido bastante aceito. “Nós acreditamos que a medicina convencional associada à medicina integrativa é uma soma para melhor e quem ganha, e muito são os pacientes”, afirma a médica. 

Apesar de ser mais observado dentro da oncologia, a MI está presente em outros campos da medicina como a neonatologia. O método Canguru, que consiste uma técnica de atenção do recém-nascido em situação de baixo peso ao nascer e/ou prematuridade se fundamenta no contato pele a pele entre a mãe o bebê e nos cuidados na alimentação, estimulação e proteção. Segundo a cardiopediatra do Hospital, Andressa Mussi, o método tem todo o suporte de uma equipe de saúde treinada e consciente de sua importância. “Além de diminuir o tempo de internação, reduz os riscos de infecção, aumenta o vínculo entre a mãe e a criança, a adesão ao aleitamento materno é maior e diminui as reintegrações após a alta hospitalar, ”explica.

Nesta parceria a medicina integrativa reúne profissionais de diversas áreas e formações, defendendo que a interdisciplinaridade é essencial para cuidar da pessoa. Associada ao tratamento da medicina convencional faz uso dos conhecimentos das medicinas tradicionais, como práticas meditativas, técnicas de respiração, relaxamento, atenção plena, uso de fitoterápicos, sempre baseados em evidências em relação à segurança e eficácia. “A psicologia utiliza algumas dessas técnicas como relaxamento e controle de respiração e tem sido muito benéfico para o bem-estar dos pacientes”, destaca a psicóloga Káthia Braga.

Espiritualidade

Além de técnicas que envolvem profissionais da saúde, acredita-se muito no poder da espiritualidade aliada ao tratamento físico e cura. De acordo com o Reverendo Caruso Godinho, capelão do Hospital Evangélico, a espiritualidade anda de mãos dadas com a saúde desde muito tempo. “Cerca de 70% dos casos atendidos que recebem a palavra de apoio vinda de Deus, observa-se melhor aceitação ao tratamento àqueles que não são”, revela o Reverendo. Em outras palavras, os pacientes respondem melhor ao tratamento quando são assistidos pela Capelania. O apoio espiritual tem sido muito bem aceito, sendo solicitado tanto pelos pacientes e seus familiares quanto pela equipe médica e multidisciplinar.