Saúde

Mesmo com chegada da vacina, cuidados contra a covid-19 deverão ser mantidos

Médico infectologista destaca que ainda será preciso usar máscara, fazer distanciamento social e incluir de vez higienização frequente das mãos na rotina diária

Foto: Divulgação

Mesmo com a chegada da vacina, as medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus deverão ser observadas. É o que destacou o médico infectologista Luiz Henrique Borges em entrevista ao programa “ES no Ar”, na manhã desta terça (12). “Não é hora de relaxar. Temos uma epidemia crescente com números alarmantes, esgotamentos de vagas em UTI e enfermarias. Enquanto a vacina não vem a gente tem uma arma muito importante ao nosso alcance que é a higiene das mãos”, apontou. 

Borges reforçou que as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) continuam valendo. Assim, uso de máscara ao sair de casa, distanciamento social de pelo menos 1 metro e meio a 2 metros e lavagem frequente das mãos são fundamentais para a prevenção ao coronavírus. “A gente tem que usar esse método porque ele é comprovadamente eficaz. Temos exemplos de colegas médicos e enfermeiros que estão na linha de frente de combate ao coronavírus e que não o contraíram até o momento com quase um ano de trabalho, lidando com pacientes contaminados. Atribuímos isso aos cuidados simples mesmo de lavagem de mão, de uso de máscara e de distanciamento”, desenvolveu.

A necessidade de não relaxar mesmo com a aplicação do imunizante é porque a população não será vacinada de uma vez. “A vacina será aplicada dentro de uma programação lenta, pegando cada grupo e a gente vai continuar com grande parte da população suscetível. Isso sem falar que estão entrando vírus diferentes, com mutações, que podem não estar sendo contemplados nessas vacinas. É fundamental que esse cuidado esteja presente”, explica o profissional da saúde.

O que fica como comportamento permanente, segundo o infectologista, é a lavagem frequente das mãos. “O que essa pandemia reforçou é que o simples ato de lavar as mãos com mais freqüência veio mesmo para ficar. E ela é prática contra a infecção de outros vírus e bactérias, além do coronavírus, como infecções respiratórias, furúnculos, infecções urinárias já que as mãos é que são veículos de transmissão para essas doença”, finalizou. 

Com informações da repórter Nathália Munhão, da TV Vitória/Record TV.