Reprodução/Freepik @stockking
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As atividades físicas e brincadeiras das crianças levam a uma grande preocupação dos pais que é que: COMO EVITAR QUE AS CRIANÇAS SE TRAUMATIZEM? Escorregar e sofrer queda praticando esportes ou brincando é algo muito frequente.

No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, as quedas são a principal causa de internação de crianças até 14 anos. Os traumas na face são com certeza muito frequentes e a região do queixo muitas vezes sobre um impacto direto sem algum tipo de proteção.

Mas o que pode acarretar esses traumatismos no mento ou “queixo”?

Os ossos das crianças são mais “porosos” e absorvem mais o impacto, tendo menos chances de fratura quando comparados aos adultos e idosos. Entretanto, os traumas na face, em especial no queixo, merecem uma atenção especial.

O trauma no mento pode ocasionar traumas secundários nos dentes como avulsões, intrusões ou fraturas que mereçam tratamentos imediatos. Muitas vezes estão associados a feridas que precisam ser suturas e merecem todos os cuidados em relação à infecção e tétano.

Mas o traumatismo no queixo pode levar a lesão de uma área mais distante da região do trauma: os côndilos mandibulares. Os côndilos mandibulares formam a articulação têmporo-mandibular responsável pela movimentação da mandíbula durante a fala, mastigação e deglutição e nas crianças é um dos principais centros de crescimento.

A força da queda pode se dissipar pela mandíbula e causar uma fratura nos côndilos mandibulares, contusões ou hemorragias na articulação. Esses traumas podem causar problemas no crescimento e desenvolvimento da face.

Por isso se após uma queda seu filho (a) apresentar dificuldade de abrir a boca, desvios da mandíbula durante a abertura, mudança do encaixe normal dos dentes, é importante fazer uma avaliação clínica e realizar exames complementares.

Mesmo nos casos em que uma fratura não é diagnosticada no momento do trauma é importante que a família fique atenta ao crescimento da criança e sinais como assimetrias, desvios do queixo com o crescimento da face ou limitação progressiva da abertura bucal, devem ser sinais de alerta. O profissional especialista em cirurgia bucomaxilofacial seve ser procurado quanto antes.

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Dra. Martha Salim

Colunista

Doutorado em Cirurgia Bucomaxilofacial (UNESP), Mestrado em Patologia Bucodental (UFF), Especialização em Cirurgia Bucomaxilofacial (UERJ), Capacitação em Odontologia Do Sono, Capacitação em Sedação com ÓXido Nitroso, Graduação em Odontologia (UFES), Atua como professora de Cirurgia Bucomaxilofacial da UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Revisora Científica das Revistas: Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery (JBCOMS) e Brazilian Dental Science (BDS), Autora dos livros "Cirurgia Bucomaxilofacial: diagnóstico e tratamento" (1 e 2 edições), Anestesia Local e Geral na Prática Odontológica, além de colaborar com 38 capítulos de livros e artigos científicos publicados. @dramarthasalim

Doutorado em Cirurgia Bucomaxilofacial (UNESP), Mestrado em Patologia Bucodental (UFF), Especialização em Cirurgia Bucomaxilofacial (UERJ), Capacitação em Odontologia Do Sono, Capacitação em Sedação com ÓXido Nitroso, Graduação em Odontologia (UFES), Atua como professora de Cirurgia Bucomaxilofacial da UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Revisora Científica das Revistas: Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery (JBCOMS) e Brazilian Dental Science (BDS), Autora dos livros "Cirurgia Bucomaxilofacial: diagnóstico e tratamento" (1 e 2 edições), Anestesia Local e Geral na Prática Odontológica, além de colaborar com 38 capítulos de livros e artigos científicos publicados. @dramarthasalim