Os hábitos que cultivamos em nosso dia a dia desempenham um papel significativo em nossa saúde. Desde as escolhas alimentares até rotinas de exercícios e padrões de sono, o que fazemos ou deixamos de fazer tem o poder de determinar a nossa qualidade de vida. No Dia Mundial da Saúde, celebrado neste domingo (7), um time de médicos de diferentes especialidades da Unimed Vitória elenca o que consideram mais importante para a garantia do bem-estar físico e mental. Afinal, atitudes saudáveis podem mudar histórias.
Cuidando do corpo e da mente
“Ter uma alimentação equilibrada é importante para a nutrição do nosso corpo. Consequentemente, ela nos protege de doenças crônicas, como diabetes, doenças vasculares, AVCs e cânceres. Reduzir industrializados, açúcares, bebida alcoólica, sal e gorduras são medidas importantes. Em contrapartida, é preciso comer mais grãos integrais, verduras e frutas e dar preferência às carnes magras. Essa é uma receita básica, mas que muitas pessoas ainda têm dificuldade de seguir. Por isso, é importante ir tentando modificar os hábitos aos poucos”, pontua a endocrinologista Renata Loureiro Moretto.
Renata é coordenadora do Viver Bem Unimed Vitória, uma unidade disponível para os clientes da cooperativa, que é dedicada à promoção da saúde por meio da assistência preventiva com o apoio de uma equipe formada por psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e médicos.
Ainda segundo a médica, a alimentação saudável deve incluir a hidratação, com ingestão mínima de 2,5 litros de água diariamente. “A atividade física regular, com a prática de, no mínimo, 150 minutos de exercícios por semana é recomendada pela Organização Mundial de Saúde. Ela reduz os riscos de desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2, osteoporose, hipertensão, trombose, diminui o colesterol e reduz a obstrução de artérias. São muitos os benefícios”, aponta Renata.
Com a vida corrida que muita leva, muitas vezes o dia parece menor do que gostaríamos. E é aí que muitas pessoas acabam negligenciando as horas de sono na tentativa de ganhar mais tempo. Só que isso pode custar caro à saúde, conforme aponta o médico de família e comunidade Lucas Alexandre Lopes Huguinim, coordenador do Unimed Personal. “O sono é um regulador do nosso corpo. O controle do metabolismo e dos hormônios depende de um sono regular. Por isso, quem costuma dormir pouco precisa mudar esse hábito em nome da saúde”, destaca o especialista.
Lucas ainda destaca a importância do abandono do cigarro. O tabagismo está associado a uma série de doenças, a exemplo de vários tipos de cânceres”, alerta.
Cuidando da mente
Saúde não é apenas bem-estar físico. Tão importante quanto cuidar do corpo é cuidar da mente. Por isso, tanto Renata quanto Lucas incentivam que todos busquem momentos para relaxar e interagir socialmente como forma de reduzir o nível de estresse e controlar problemas, como a ansiedade. Renata aponta ainda a importância da redução gradual do tempo em que nos expomos às telas.
“Todos, desde crianças até os idosos estão sempre usando aparelhos celulares, computadores, TVs. Isso afeta a nossa saúde visual, mental, reduz a qualidade do sono e tende a reduzir o contato social. Por isso, o tempo de exposição precisa ser moderado”, explica.
Monitoramento constante
Monitorar como anda a saúde é outro ponto fundamental, inclusive para evitar o avanço de doenças, tratando-as desde o início. Por isso, manter uma rotina anual de exames pode fazer toda a diferença.
A infectologista Rúbia Miossi pontua, por exemplo, que os testes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (HIV, hepatites virais e sífilis) devem ser feitos ao menos uma vez ao ano, independentemente de a pessoa ter ou não um parceiro fixo. “Mesmo as doenças que não têm cura podem ser controladas. Com isso, conseguimos proporcionar qualidade de vida a todos”.
Outro importante exame, segundo ela, é o Papanicolau. “O câncer de colo de útero está associado à presença do vírus HPV. Existem lesões que podem ser vistas ainda no começo por meio do Papanicolau e podem sinalizar a presença do HPV. Com diagnóstico precoce aumentamos as chances de cura”, explica.
A infectologista lembra, ainda, da importância de manter as vacinas em dia. “Crianças, adolescentes, mulheres adultas, homens adultos, idosos e pessoas com doenças que afetam a imunidade possuem calendários vacinais diferentes. É preciso estar atento a eles para evitar doenças que podem ser prevenidas com vacinas”.
Rubia Miossi também enfatiza que medicamentos não devem ser usados sem que haja prescrição médica. “Um bom exemplo disso é em relação aos medicamentos contra parasitas. As pessoas não devem usá-los como forma de prevenção, porque todo medicamento tem efeitos adversos. Ao invés disso, opte por fazer o exame de fezes ao menos uma vez ao ano e avalie com seu médico a real necessidade da medicação”.
Do mesmo modo, a especialista lembra do uso dos sabonetes antimicrobianos. “Eles não ajudam em nada na nossa saúde. Pelo contrário, aumentam o risco de disbiose, ou seja, o desequilíbrio da microbiota, que são microrganismos que vivem na nossa pele. Assim, eles podem acabar matando microrganismos bons e deixar o caminho livre para os que nos prejudicam. Ao invés disso, use sabonetes neutros e com glicerina natural”, detalha.
O diretor de Provimento de Saúde da Unimed Vitória, Alexandre Tironi, aponta a importância de investimentos na prevenção de doenças para a promoção da saúde.
“Cada vez mais precisamos cuidar das pessoas para evitar o adoecimento, a necessidade de uso de medicações e internações. Por isso, é sempre válido pontuar simples hábitos que podem mudar a trajetória de histórias de vidas. Por isso, na Unimed Vitória, unidades como o Viver Bem e o Personal tem como foco justamente a promoção de bons hábitos e o acompanhamento constante dos pacientes, entendendo todo o contexto social ao entorno deles para saber como podemos ajudá-los. O cuidado deve ter esse foco e, desse modo, proporcionarmos mais qualidade de vida aos nossos clientes”.