Juliana Vilela, uma empresária de 29 anos de São Luís, no Maranhão, decidiu passar por uma pequena cauterização em abril de 2023 para remover um sinal que surgiu no centro de seu nariz. No entanto, a cicatrização não ocorreu como esperado.
Seis meses depois, após vários exames inconclusivos e sem compreensão por parte dos dermatologistas, Juliana foi diagnosticada com um câncer raro por acaso.
“Um dia, uma mulher passou por mim no mercado e me orientou a buscar um hospital especializado — ela estava fazendo um tratamento de câncer de pele. Foi assim que eu decidi ir atrás de especialistas em São Paulo”, relatou a jovem em entrevista ao Metrópoles.
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Os médicos revelaram que a ferida era um sarcoma, um tipo de tumor maligno e extremamente incomum quando localizado no rosto, representando apenas cerca de 1% dos casos de câncer no Brasil.
Os sarcomas afetam as chamadas partes moles do corpo, como músculos, gordura, tendões e ligamentos, e existem mais de 50 tipos diferentes, dependendo da região do corpo e do tipo de tecido afetado.
O câncer pode ou não provocar dor e geralmente se manifesta como caroços na pele. Em alguns casos, pode ocorrer febre, perda de peso ou falta de apetite.
Juliana só descobriu a doença após a remoção do sinal. “Muita gente deixa passar o cuidado com essas pintas e manchas. Eu mesmo não teria me importado tanto se não fosse algo no meu nariz, no centro do rosto. Se não tivesse tirado, nunca teria descoberto que tinha o sarcoma”, lembrou ela em entrevista ao Metrópoles.
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Apesar do diagnóstico, Juliana ainda está insegura. “Até agora estou me sentindo angustiada por não saber exatamente como o meu rosto vai ficar depois do tratamento. Vou precisar fazer cirurgias para reconstruir a cartilagem a partir das costelas. Mas tenho recebido muito apoio, amor, e isso me dá confiança de seguir em frente”, disse.
Até o momento, a jovem passou por quatro cirurgias oncológicas para remover completamente o sarcoma do nariz e realizou enxertos de pele da testa para reconstruir o órgão. Ela ainda está em processo de recuperação dos procedimentos.
Durante o tratamento, Juliana, que estava noiva, decidiu se casar. “Eu estava me sentindo muito mal, sabemos das histórias das mulheres que são abandonadas doentes. Mas meu noivo disse: ‘Se você quiser, a gente casa agora’. Em uma semana, a gente correu com a papelada e casou. Fazer as fotos, viver esse momento durante o tratamento, tudo isso foi importante para que eu recuperasse a minha autoestima”, concluiu.
*Com informações do Metrópoles