De acordo com um estudo realizado pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, a cirurgia de retirada do útero (histerectomia), aumenta o risco de depressão e ansiedade em 26% e 22%, respectivamente. Publicado no periódico médico Menopause, a pesquisa mostrou que o risco é ainda maior em mulheres mais jovens, a chance de depressão sobe para 47% e de ansiedade, para 45%, em mulheres com idade abaixo de 35 anos.
Para chegar a essas conclusões, foram analisados dados de 2.094 mulheres por cerca de 21 anos que retiraram o útero, preservando os ovários, em comparação a um número similar de mulheres, da mesma faixa etária, que não realizaram a operação.
Isso ocorre porque embora os ovários sejam preservados, a retirada do útero interfere na produção de hormônios femininos, pelo impacto na vascularização dos ovários.
Em entrevista para o Portal R7, o ginecologista André Luiz Malavasi, explica que tanto a falta de hormônios gerada pela histerectomia quanto o que o útero representa para a mulher podem estar relacionados a esses resultados. “O estudo traz à tona a questão, mas não diferencia se a depressão ou a ansiedade foram causadas pela falta de estrogênio ou pelo impacto da retirada do órgão reprodutor”, completa.
O especialista ressalta que a histerectomia para uma mulher de 30 anos, que não tem filhos, tem uma conotação muito mais forte do que para uma mulher de 50 anos, para a qual o impacto é menos proeminente, por isso a diferença das reações com a retirada do útero.
Fonte: Portal R7