Com a confirmação de caso de sarampo no Espírito Santo, mutirões de vacinação contra a doença são realizados na Grande Vitória. Até às 14h desta quarta-feira, por exemplo, 250 pessoas procuraram o posto de vacinação instalado na Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Sábado (17), a vacina contra o sarampo será distribuída nas unidades de saúde de Terra Vermelha e Santa Rita e nos Shoppings Vila Velha e Boulevard. Na Serra, a ação acontece no mesmo dia, nos postos de saúde da cidade. Em Viana, a vacina é disponibilizada normalmente nas unidades, nos dias úteis da semana.
“Minha mãe fala que tinha que evitar coçar para não ficar com cicatriz. A gente sempre tenta evitar e estar certinho com a vacinação, porque não é bom não”, disse a estudante de Biblioteconomia, Thainah Valentim.
Na Ufes, a vacinação contra o sarampo acontece até sexta-feira (16) e é limitada aos membros da comunidade universitária, como estudantes, professores e técnicos administrativos. Porém, em Vitória, há oferta da vacina em todas as unidades de saúde.
“Nós temos uma população de quase 20 mil pessoas dentro da universidade. Acaba sendo uma ‘mini cidade’. Então, a nossa preocupação como instituição, de apoio à sociedade, que a nossa função social também é essa, e também para atender da melhor forma possível o nosso público interno”, afirma a professora do Departamento de Enfermagem da Ufes, Leila Massaroni.
Para receber a imunização, é necessário apenas apresentar a caderneta de vacinação e um documento com foto. Por 19 anos, o vírus do sarampo não circulou pelo Espírito Santo. Em 2013, entretanto, uma pessoa contraiu a doença fora do Estado. O caso foi controlado e ninguém mais se contaminou.
No último mês de julho, uma moradora de Cariacica, de 19 anos, contraiu sarampo em São Paulo. É o primeiro caso da doença confirmado pela Secretara de Estado da Saúde (Sesa) nos últimos seis anos.
De janeiro a julho deste ano, no Espírito Santo, das 66 notificações de suspeita de sarampo, 63 foram descartadas de acordo com a Sesa. Dois casos continuam sob investigação. Quem já teve a doença, não corre o risco de ser contaminado de novo, já que fica imune ao vírus.
Quem tem mais de 49 anos, não tem direito a vacina. Devido ao surto em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, quem for viajar para algum destes locais, pode se vacinar, desde que comprove. “É melhor precaver, antes que aconteça”, frisou o funcionário público Elvio Dalvan.
A tríplice deve ser administrada em duas doses. A primeira, em crianças a partir de um ano. A segunda, uma tetra, que protege também contra a varicela, aos 15 meses. Entre um e 29 anos, é preciso tomar duas doses da vacina tríplice viral.
Para a população entre 30 e 49 anos, uma dose da vacina tríplice viral é o suficiente. Os trabalhadores da saúde, grupo de alto risco, devem ter duas doses da vacina tríplice viral, independente da faixa etária. A vacina só é contra-indicada para gestantes, menores de seis meses e pessoas com baixa imunidade.
A doença é altamente contagiosa, transmitida pelo ar de pessoa para pessoa, por tosse, espirros, fala ou até mesmo, respiração. “Uma pessoa infectada, se encontrar uma população suscetível, ou seja, não vacinada, uma única pessoa pode infectar até outras 12 pessoas”, revela a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo.
Com informações da repórter Renata Zacaroni, da TV Vitória/Record TV!