O câncer de próstata é o segundo que mais atinge homens no Espírito Santo, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para o estado são previstos, até o final deste ano, 1.510 novos casos. A maioria dos quadros são assintomáticos, ou seja, quando os sintomas começam a aparecer, a doença, provavelmente, já está em uma fase avançada. Portanto, o exame de prevenção é importante, pois ajuda a detectar a doença ainda em fase inicial, facilitando consideravelmente o tratamento.
No entanto, esse exame ainda é um tabu diante da população masculina brasileira. A psicóloga da Medquimheo, Gabriela Simmer, explica o porquê isso acontece.
Preconceito enraizado
O fator cultural influencia muitos homens a não fazerem o exame de prevenção de câncer de próstata. “Vivemos em uma sociedade em que o homem está associado a um indivíduo forte e viril. A cultura machista, ainda muito forte no Brasil, faz com que muitos indivíduos pensem que terão sua masculinidade afetada ao fazerem o exame”, esclarece a psicóloga.
Um estudo encomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia em parceria com o Instituto Oncoguia e pela farmacêutica Bayer, detectou que 21% da população masculina brasileira acima dos 40 anos, acredita que o exame de toque retal “não é coisa de homem” e, 38% daqueles acima de 60 anos, afirmam que o exame “não é necessário”. “O tabu existente faz muitos homens fecharem os olhos em relação à importância da prevenção do câncer de próstata”, conclui a especialista.
O exame de prevenção
Conhecido como exame de toque retal, a prevenção do câncer de próstata é um procedimento de rotina realizado com o intuito de fazer a avaliação prostática, podendo detectar alterações na glândula como, por exemplo, nódulo ou área suspeita de doença pelo endurecimento percebido à palpação. Caso seja identificado algo, inicia-se o tratamento que pode ser cirúrgico, necessitando de radioterapia e quimioterapia, ou hormonal com bloqueio androgênico, que é quando os hormônios masculinos são bloqueados.