
Ganhar idade significa também ganhar experiência e sabedoria. O neurocientista e psicanalista Fabiano de Abreu, com base científica, diz que aos que chegaram ou ultrapassaram os quarenta anos de idade a amplitude intelectual é maior. O especialista destaca que o envelhecimento humano depende de vários fatores internos e externos, sobre os quais podemos ter algum poder.
“O envelhecimento humano está sujeito a influências intrínsecas, como a constituição genética individual responsável pela longevidade máxima e os fatores extrínsecos condizentes às exposições ambientais que o indivíduo sofreu (dieta, sedentarismo, poluição, entre outros). A partir dos 40 anos de idade temos o que chamamos de contagem regressiva, quando nossos neurônios começam a morrer e temos o degeneração natural do envelhecimento com a atrofia dos hemisférios cerebrais entre muitos outros fatores”, argumenta Abreu.
Como refere o neurocientista, “na juventude estamos formando neurônios e fortalecendo sinapses (impulso nervoso), mas num processo natural de conhecimento, não temos o fator crucial para um intelecto pleno, com o cognitivo desenvolvido para termos uma melhor interação social, aprendizagem e com todas as nuances necessárias para um melhor bem estar”.
Segundo alguns estudos nas diversas áreas, o auge do ser humano, enquanto objeto de saber dá-se mais tarde na vida, quando a pessoa é mais completa, organizada e autocrítica. “Uma pesquisa nos Estados Unidos garantiu que a maioria das pessoas mais ricas do mundo, ficaram ricas após os quarenta anos de idade. Claro, a experiência é crucial para o controle ideal para atingir o crescimento. Após os 40 anos temos o que é denominado de Inteligência cristalizada; que está relacionada ao conhecimento que vem da aprendizagem anterior e experiências passadas que resultam em uma melhor compreensão de leitura e vocabulário”, refere o psicanalista.
A idade possui o dom de nos fazer saber e, mais do que nunca, saber que escolhas fazer com maior nitidez.
“Há quem diga que a partir dos 40 anos é a idade do medo, pois não nos arriscamos mais como os jovens. Eu prefiro dizer que esta idade é a do início da sabedoria, porque não nos arriscamos pois temos conhecimento do resultado não nos submetendo a esforços desnecessários. Quando chegar aos 40 anos, caso veja um jovem de 25 anos num carro a correr e pensar, nossa, não teria coragem disso, não se esqueça que está na idade da sabedoria, a chegar à idade do sábio em que, correr não vai mudar em nada a sua vida pois vai chegar no lugar independentemente da velocidade e escolhendo os melhores caminhos”, concluí o especialista em estudos da mente humana.