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Neuromodulação: como otimizar o tratamento de doenças neurológicas

Entenda como a neuromodulação melhora o tratamento de doenças neurológicas, como Parkinson, AVC, enxaqueca e depressão

Foto: Freepik
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Você sabia que já é possível modular e modificar funções do cérebro? A neuromodulação é um tratamento promissor para diversas doenças neurológicas, como Parkinson, AVC, ataxia, enxaqueca, dores crônicas, depressão, ansiedade, TDAH, traumatismos cranioencefálicos, zumbido somatossensorial, autismo, epilepsia e outras condições.

Essa realidade já está acontecendo graças a essa tecnologia inovadora, que transforma a vida de milhares de pacientes ao redor do mundo.

O que é neuromodulação?

Existem dois tipos principais de neuromodulação: a invasiva, que requer cirurgia no cérebro para a implantação de um dispositivo realizado pelo neurocirurgião, e a não invasiva, que não necessita de cirurgia e pode ser realizada por profissionais capacitados.

A neuromodulação não invasiva utiliza técnicas modernas com estímulos elétricos ou magnéticos para modular o cérebro, ativando ou inibindo conexões neuronais conforme o tratamento desejado.

Equipamentos específicos, como bobinas e eletrodos, modificam a atividade dos neurônios e do cérebro. Essa abordagem busca restaurar a função neural, sendo eficaz quando associada a tratamentos convencionais, como medicamentos e reabilitação.

Os principais métodos incluem:

  • Estimulação Magnética Transcraniana
  • Estimulação Cerebral Profunda
  • Estimulação do Nervo Vago
  • Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua

Cada técnica tem aplicações específicas e pode ser personalizada conforme as necessidades do paciente.

Como a neuromodulação ajuda no tratamento de doenças?

A neuromodulação é amplamente utilizada na reabilitação de diversas condições clínicas, seguindo protocolos com evidência científica de nível A e B, o que garante sua eficácia.

A aplicação da neuromodulação não invasiva deve ser baseada em evidências científicas, assegurando sua segurança e benefício ao sintoma que se deseja modular. Condições clínicas são estudadas com metodologia rigorosa, garantindo a segurança do paciente.

Embora a neuromodulação seja segura, efeitos adversos autolimitados podem ocorrer. O terapeuta deve ser treinado para conduzir cada situação clínica, sempre priorizando o bem-estar do paciente.

Por ser uma abordagem relativamente recente e pela complexidade do cérebro, muitos estudos ainda estão em desenvolvimento.

Atenção! A neuromodulação não invasiva não representa a cura da doença nem uma solução milagrosa. É fundamental reconhecer que modular o cérebro é um recurso terapêutico com benefícios promissores, especialmente quando associado ao tratamento reabilitador adequado.

O futuro da neuromodulação

O objetivo é tornar o tratamento acessível, garantindo mais qualidade de vida aos pacientes com doenças neurológicas.

A cada dia, novas pesquisas avançam no desenvolvimento de dispositivos mais eficientes, seguros e menos invasivos.

Seja por meio de técnicas não invasivas, implantes cerebrais ou dispositivos externos, a neuromodulação está revolucionando o tratamento de diversas condições clínicas e melhorando a vida de muitas pessoas.

Combinando ciência, tecnologia e inovação, essa abordagem promete um futuro com tratamentos mais precisos e personalizados, proporcionando uma vida melhor aos pacientes.

Dra Carolina Anhoque Colunista
Colunista
Fonoaudióloga, Especialista em Voz, Mestre em ciências fisiológicas, Doutora em Neurociências, Professora associada da Ufes. @carol_anhoque