Segundo um artigo publicado por Cassandra Willyard no portal Nature, em abril de 2014, estima-se que 40 a 70% da variação do peso seja explicada por fatores genéticos. Mas aspectos como alimentação desbalanceada, sedentarismo, uma baixa qualidade de vida e até mesmo outras doenças também contribuem diretamente para um quadro de obesidade. O gene FTO (do inglês fat mass and obesity associated) está associado a diversos fatores relacionados ao problema.
O Genera (laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal) oferece um teste que revela o nível de risco à obesidade e que podem influenciar no desenvolvimento da doença. Níveis de sensação de saciedade, fome emocional, armazenamento de gordura, IMC e ingestão de açúcares são alguns destes aspectos.
“Dentro de suas variantes, o gene FTO se refere a um maior ou menor IMC e maior ou menor risco de obesidade em diversas pessoas. Ele é uma das chaves principais para entender porque indivíduos têm tendências a engordar enquanto outros não”, explica o médico Ricardo di Lazzaro Filho. “Mas a genética não é um fator determinante para o desenvolvimento da doença, ela apenas aponta a predisposição ao desenvolvimento de cada indivíduo a ela”, conclui.
Segundo o médico é bom esclarecer que não é uma discussão estética, mas é sobre uma preocupação com os fatores de risco que a obesidade representa para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e para o aumento do colesterol e triglicérides. “Com isso, a conscientização e o encorajamento para uma reeducação alimentar e uma melhor qualidade de vida deve ser oferecido a todas as pessoas, independentemente de estas serem ou não predispostas à doença”, conclui Ricardo.