Com 17 dias de nascido, bebê é internado após contrair herpes com beijo de visita
Sistema imunológico de recém nascidos é muito frágil e a doença pode até mesmo acometer o sistema nervoso central
Na quarta-feira (09), o Portal R7, da Rede Record TV publicou um alerta de uma mãe após seu filho ter passado por uma situação bem complicada. O bebê, que se chama Gustavo, de apenas 18 dias de vida, contraiu herpes após ter sido beijado por uma visita. De acordo com a mãe, Rafaela, as marcas no rosto de Gustavo aparecem de repente e o bebê ficou internado 10 dias no hospital.
“Não teve sintoma nenhum no caso do Gustavo, ele não teve nada, simplesmente amanheceu com o rostinho cheio de marcas, do dia para noite", contou a mãe. Rafaela ainda comenta que mesmo após a alta da internação, o filho precisou continuar com o tratamento em casa para que a herpes não voltasse. “Ele fez vários exames de sangue. Ele só não ficou internado na UTI porque ele não teve febre, parece que foi coisa de Deus”, disse Rafaela.
Diante do caso, o Folha Vitória conversou com a dermatologista, Alessandra Melo que explicou sobre a doença. " A herpes é causada por dois tipos de vírus: o varicela-Zóster (VVZ), que causa catapora (varicela) e também a doença conhecida popularmente como cobreiro (herpes zóster), e os herpes vírus tipo 1 e tipo 2, que causam o chamado herpes simplex, que é uma infecção viral comum, para a qual 99% da população adulta já adquiriu imunidade na infância e na adolescência, tendo infecção subclínica", explicou a especialista.
A herpes do tipo 1 e 2, sendo que o primeiro está mais associado a herpes labial e o segundo, a genital, embora o contrário também possa ocorrer, podem ser inofensivas para adultos, mas para recém-nascidos a situação é diferente. "Como estes pequenos ainda tem um sistema imunológico muito frágil, a herpes pode até mesmo acometer o sistema nervoso central. É interessante os pais evitarem muitas visitas no começo e orientarem as visitas a lavarem as mãos e não beijarem o bebê”, explica a dermatologista, Alessandra de Melo.
Quando questionada sobre o tratamento, a dermatologista explicou que ele é realizado de forma individualizada e só o médico pode indicar qual o melhor para cada caso. Alessandra aconselhou a procurar um médico imediatamente quando surgirem os primeiros sintomas porque é essencial para o diagnóstico e tratamento adequado.