Descubra como nasce uma memória traumática
Elas geralmente são silenciosas e causam dores e doenças nas pessoas
Muitas das nossas dores e doenças crônicas são geradas por memórias traumáticas, emocionais ou mesmo físicas, que acabam acumuladas em células e tecidos do corpo. Com a Microfisioterapia, técnica utilizada pela fisioterapeuta Frésia Sa, é possível encontrar essas memórias e trata-las, eliminando, consequentemente, as causas primárias dessas dores.
Mas o que são exatamente essas memórias traumáticas? A fisioterapeuta Frésia, explica o passo a passo:
- O corpo recebe um estímulo agressivo, que pode ser físico, emocional ou mesmo medicamentoso;
- Se esse estímulo estiver acima da capacidade de absorção do organismo, pode ser gerado um trauma;
- Além das memórias cerebrais, o trauma também pode se instalar, em forma de memórias, nas células corporais;
- As células que carregam os traumas têm suas funções prejudicadas, como se tivessem sido machucadas;
- Os tecidos impregnados de memória acabam perdendo vitalidade ou ritmo, o que pode ser percebido pela aplicação da Microfisioterapia.
“Esse caminho físico da construção de uma memória traumática foi estudado por Daniel Grosjean e Patrice Benini e foi a base para a criação de uma técnica que encontrasse o local onde as células e os tecidos prejudicados estão e avisasse o corpo de que ele já não precisa dessas informações”, explica Frésia. O resultado do tratamento realizado pela fisioterapeuta é a troca de tecidos com traumas por tecidos regenerados e é o próprio corpo que realiza essa transição, por meio da auto reparação.
E por que é tão difícil detectar essas memórias traumáticas?
“Porque elas não estão exatamente no local onde a dor ou o desconforto é percebido”, revela a fisioterapeuta. Isso significa que células de um local do corpo podem agir causando dor em outro local, por uma questão de estímulo. Por isso, a microfisioterapia utiliza um mapa, que indica onde estão determinadas memórias: “pelo comportamento e pela resposta do tecido, é possível entender o tipo de trauma e há quanto tempo está li”, explica Frésia.
“Temos casos de traumas intrauterinos que foram detectados pela microfisioterapia”, lembra a especialista. Segundo ela, essa “genética” da memória traumática, ou seja, entender como ela se forma e como estaciona em um determinado local do corpo humano, é fundamental para encontrar as causas e promover um tratamento ostensivo: “por isso falamos em saúde integrativa: a ideia é levar a um entendimento total de tudo que pode estar relacionado a uma determinada doença ou dor crônica. E encontrar os melhores tratamentos para chegar o mais perto possível da reabilitação”, finaliza.