Em 2019, mais de 400 capixabas foram diagnosticados com o câncer na região oral
Os cânceres na cavidade oral costumam ser diagnosticados tardiamente
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), mostram que, em 2019, mais de 400 capixabas foram diagnosticados com o câncer na região oral e outros 320 no esôfago.
No Brasil, os cânceres na cavidade oral possuem altas taxas de mortalidade. O motivo está relacionado a dificuldade de diagnosticar a doença, que tem sintomas parecidos com outras doenças.
A oncologista Carolina Conopca explica que os sintomas dos cânceres de cabeça e pescoço, que atingem a boca, a língua, gengivas, bochechas, o palato mole e duro, amígdalas, faringe, laringe, esôfago e tireoide são, na maioria das vezes, ignorados pelas pessoas que acreditam que os sintomas estão ligados doenças simples.
Ela faz um alerta para os sintomas que devemos ficar atentos. “Dificuldade para engolir e respirar, feridas na boca que não cicatrizam há mais de duas semanas, nódulo persistente no pescoço e rouquidão por mais de três semanas, principalmente, em fumantes e consumidores frequentes de bebidas alcoólicas, são alguns dos sintomas que devemos ficar atentos”, disse.
Para o diagnóstico preciso, o paciente deve ser submetido a exames clínicos e biópsias. A médica ainda alerta para importância do diagnóstico precoce que aumentam as chances de cura.
O tratamento desse tipo de câncer varia de acordo com a idade e o estado de saúde do paciente. Radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e cirurgia são opções de tratamento mais comuns.
O tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecções causados por HPV e exposição solar são fatores que podem aumentam o risco de desenvolver o câncer de cabeça e pescoço.