Especialista explica a importância da vacina para pacientes oncológicos
A vacinação contra o coronavírus já chegou no Espírito Santo e trouxe muitas dúvidas sobre a imunização em pacientes que estão em tratamento de câncer
A vacina se faz essencial para a segurança da saúde pública . Devido ao cenário de pandemia, a corrida pela imunização se tornou emergencial, com o objetivo de diminuir as mortes causadas pelas complicações da COVID-19. Em pessoas que estão em tratamento de câncer, a gravidade pode ser ainda maior. Segundo um estudo de meta-análise da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), os riscos de óbitos em pacientes oncológicos são de 26%, contra 2 a 3% da população geral.
De acordo com a oncologista Carolina Conopca, as pesquisas desenvolvidas das vacinas contra o coronavírus não realizaram estudos em pacientes oncológicos e, por isso, o acompanhamento médico deve ser feito de forma individualizada e próxima. “A vacinação deve ser, sim, a opção mais correta, pois sem a imunização adequada os pacientes oncológicos se expõem a maiores riscos. Além da contaminação pelo coronavírus, o tratamento pode ser dificultado, acarretando atrasos no diagnóstico e monitoramento da doença”, comenta a médica.
Segurança e eficácia da vacina
Ainda segundo a especialista é preferível que os pacientes oncológicos e imunossuprimidos façam a imunização por meio da vacina baseada em vírus inativado. “Para que o paciente seja vacinado e sua integridade física seja preservada, o acompanhamento médico é essencial. Visto que, a segurança se faz importante, como também a eficácia da vacinação, que varia por diversos fatores. Tipo de tumor e extensão da doença são alguns deles, mas devemos lembrar que os benefícios da imunização são significativamente maiores que os riscos”, reforça a oncologista.
Para a SBOC, o momento ideal para vacinar pacientes com câncer é antes do início do tratamento. No entanto, mesmo que o acompanhamento já tenha sido iniciado, a imunização deve ser priorizada. Quando se trata de pacientes que já concluíram a intervenção clínica, caso não haja demais contraindicações, esse grupo também deve ser vacinado em contexto emergencial. Dessa forma, é possível evitar as complicações do coronavírus, diminuir a taxa de transmissão e garantir a continuidade do tratamento de câncer para aqueles que estão em andamento.
As medidas de segurança continuam
Carolina Conopca alerta que a imunização dos grupos nesta primeira etapa da campanha não anula a necessidade das medidas de proteção. “Fazer uso da máscara em locais públicos, evitar aglomerações, utilizar álcool gel e lavar as mãos com sabão por 30 segundos ainda são atitudes essenciais para preservar a segurança de todos. A chegada da vacina é uma esperança para barrar a contaminação da COVID-19, mas ainda temos um caminho longo a ser percorrido, até que a pandemia chegue ao fim e estejamos seguros para nos abraçarmos novamente”, finaliza.