Saúde

Mensalidade de planos de saúde é reajustada; aumento será dividido em 12 parcelas

O reajuste anual, de 2020, havia sido suspenso por contada da pandemia

Foto: Divulgação

A suspensão do reajuste dos planos de saúde durou pouco tempo, Após quatro meses, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) liberou os planos a cobrarem dos clientes a correção dos valores. A cobrança começa neste mês e será parcelada em 12 vezes.

Com mais um reajuste nas contas no final do mês, há usuários dos planos de saúdes, como a Isnária Nobre de Oliveira, que pensam em deixar de pagar pelo serviço. Com custo cada vez mais alto, ela afirma que não está valendo a pena. "Já estou pensando em cancelar o meu plano. Não tem condições da gente ficar com o plano com valores altíssimo e nem sempre conseguir ser atendido", lamentou. 

As tabelas de preço das operadoras de planos de saúde são reajustadas no mês de agosto, tendo como base a idade do usuário e os custos do serviço no ano anterior. Por conta dos impactos gerados pela pandemia na economia e na vida dos consumidores, a ANS suspendeu a cobrança em 2020. 

Dos mais de 47 milhões de usuários, cerca de 25 milhões foram beneficiados com o congelamento das mensalidades. Os planos que tiveram o reajuste suspenso são das modalidades de custo e de faixa etária, regidos pela lei 9.656, de 1998, e planos contratados a partir de 2 de janeiro de 1999. 

A correção nos valores das mensalidades será divida em 12 parcelas. A primeira delas, já será inclusa no boleto do mês de janeiro. Em média, tanto para os planos com base no custo, como para a modalidade de faixa etária, o aumento vai ser de 15%. Dispensados da cobrança, estão os planos empresariais com mais de 30 beneficiados que já havia sido reajustado em 2020. 

O advogado especializado em direito médico, Celso Papaleo, considera que o período de congelamento da cobrança foi curto. Segundo ele, o governo federal deveria ter criado uma política de incentivo para as operadoras, a fim de reduzir o preço final ao consumidor. "Eu acho que faltou estratégia. O governo federal poderia ter criado algum incentivo para que o valor não fosse passado ao usuário do plano de saúde", argumentou o advogado.  

Segundo o advogado, o aumento no custo das operadoras em 2020 deve elevar o próximo reajuste. A expectativa para agosto de 2021 é de um aumento de até 35% nos valores das mensalidades dos planos de saúde.

Celso lembra que os reajustes elevados podem gerar problemas para as operadoras de planos de saúde. A perda de clientes e processos na Justiça contra os aumentos, são alguns deles. "As pessoas que não conseguirem pagar, por se tratar de saúde, um bem essencial, podem recorrer à Justiça e, com isso, haverá um crescimento nas ações judiciais. Levando em consideração o valor do reajuste e as pessoas que podem cancelar o plano, não sei se esse reajuste valerá apena", disse. 

*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV. 

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