Máscara N95 pode ser reutilizada? Veja os cuidados
Tentar higienizar as máscaras com álcool líquido ou qualquer outro produto de limpeza, como água sanitária ou desinfetante, irá danificar o produto
Devido ao grande número de casos da variante Ômicron, as máscaras N95 (PFF2 no Brasil) ou KN95 estão entre as mais indicadas para a prevenção da Covid-19. Mas, com isso, algumas pessoas podem ter dúvidas de como utilizá-la, já que o valor das unidades é mais alto. O produto pode ser reutilizado?
O doutor em epidemiologia, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e comentarista da rádio Pan News Vitória, Daniel Gomes, explica que sim. É possível reutilizar as máscaras N95 (PFF2 no Brasil) ou KN95, desde que sejam tomados alguns cuidados.
"O primeiro cuidado é que a pessoa use a máscara e a deixe 'descansar' no varal, onde haja luz solar direta por, no mínimo, 24 horas. Após esse período, é possível reutilizá-la. Porém, em nenhuma hipótese, podemos usar produtos para limpar o objeto", afirma ele.
O especialista explica que tentar higienizar as máscaras com álcool líquido ou qualquer outro produto de limpeza, como água sanitária ou desinfetante, irá danificá-las.
"A PFF2 tem porosidade e tentar limpá-la com algum produto abrasivo vai estragá-la, fazendo com que perca a sua capacidade de atuação, ou seja, de proteção".
Retenção de partículas
Daniel Gomes lembra que o ideal seria que as máscaras N95 (PFF2 no Brasil) ou KN95 também fossem descartadas após seu único uso, mas, devido a seu alto custo, é muito importante levar em conta esses cuidados para que a sua ação seja eficaz.
"Esses modelos são os ideais, pois possuem uma grande capacidade de retenção de partículas e proteção ao coronavírus. Se estiverem danificadas, não irão oferecer proteção", reafirma ele.
Para adquirir o produto é possível comprá-lo em farmácias e lojas de material de construção. Também é possível adquirir na internet.
Em uma rápida pesquisa na internet, Na tarde desta sexta-feira (14), em alguns sites era possível encontrar um kit com 10 máscaras por R$ 22,00. Mas, também havia kits com com 50 unidades que custavam R$ 33,29.
Dose dupla
Para quem não conseguir adquirir as máscaras N95 (PFF2 no Brasil) ou KN95, o doutor em epidemiologia, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e comentarista da rádio Pan News Vitória recomenda que sejam utilizadas duas máscaras cirúrgicas (daquelas encontradas em farmácias) ou uma de pano e uma cirúrgica sobrepostas.
Para o infectologista Alexandre Rodrigues da Silva, levando em conta a gravidade da variante Ômicron, as máscaras PFF2 (N95) são as melhores opções, pois oferecem maior segurança quanto à contaminação. As PFF2 têm, por exemplo, poder de filtragem, o que as máscaras de pano não têm.
A sigla PFF significa peça facial filtrante. No país existem três tipos: PFF1, PFF2 e PFF3. As máscaras desse tipo são uma peça facial constituída parcial ou totalmente de material filtrante que cobre o nariz, a boca e o queixo. Necessariamente, uma PFF deve possuir pelo menos uma camada de filtro.
Se não for possível comprá-las, Alexandre Rodrigues da Silva aconselha a compra de máscaras cirúrgicas descartáveis.
"Estes modelos são os ideais, devido `à maior proteção que oferecem. Porém, devido ao alto custo, nem todas as pessoas têm como adquiri-las. Neste caso, a segunda alternativa são as máscaras cirúrgicas descartáveis. O que as pessoas precisam entender é que a melhor máscara é a que está no rosto e não no pescoço ou na mão. Se não é possível comprar a N95 ou a cirúrgica, use a de pano. Não é a ideal, mas ninguém pode ficar sem proteção", disse ele.
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