Dengue: ES registra quase 5,6 mil casos prováveis nas primeiras semanas de 2024
Os números foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta quinta-feira (25), no 3° Boletim Epidemiológico da doença
O crescente aumento no número de notificações de casos de dengue no Espírito Santo chama a atenção não só das autoridades de saúde, mas também de toda a população. Entre o dia 31 de dezembro do ano passado e o último dia 20 de janeiro (semanas epidemiológicas 1,2 e 3/2024) foram registrados 5.591 casos. Veja:
*SE1 - 31/12/2023 a 06/01/2024: 1.326 notificações
*SE2 - 07/01/2024 a 13/01/2024: 1.862 notificações
*SE3 - 14/01/2024 a 20/01/2024: 2.403 notificações
Somente na terceira semana epidemiológica, a incidência foi de 137,57 casos por 100 mil habitantes, considerada média:
- Baixa: (menos de 100 casos/100 mil habitantes);
- Média: (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes);
- Alta: (mais de 300 casos/100 mil habitantes).
Não há confirmação de mortes neste período.
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Vacinação contra a dengue a partir de fevereiro
Ao todo, 20 municípios do Espírito Santo foram incluídos na lista do Ministério da Saúde para a vacinação com a Qdenga disponibilizada pelo SUS, que vai começar em fevereiro.
O público alvo é formado por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O grupo, segundo o Ministério da Saúde, concentra o maior número de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas (a vacina não foi liberada pela Anvisa para esse faixa de idade).
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), a Qdenga é uma vacina tetravalente, feita com vírus vivo atenuado, que protege, portanto, contra os quatro sorotipos do vírus da dengue – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Quem já teve dengue pode receber a Qdenga?
Quem já teve dengue deve, sim, tomar a dose. Segundo a SBim, nesses casos, é indicada principalmente por conta de uma melhor resposta imune à vacina. Além disso, pacientes que já tiveram dengue são classificados como de maior risco para a forma grave da doença.
A Qdenga é a primeira vacina aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante autorizado anteriormente, a Dengvaxia, só pode ser utilizado por quem já teve dengue.
Ainda de acordo com a SBim, a vacina demonstrou ser eficaz contra o DENV-1 em 69,8% dos casos; contra o DENV-2 em 95,1%; e contra o DENV-3 em 48,9%.
Com relação à eficácia contra o DENV-4 não pôde ser avaliada à época (número insuficiente de casos de dengue causados por esse sorotipo durante o período do estudo).
Também foi registrada eficácia contra hospitalizações por dengue confirmada laboratorialmente: proteção geral de 84,1%.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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