Saúde

Estudo revela por que o xixi é amarelo: "Brilhante"; veja detalhes

Em um estudo recente publicado na revista Nature Microbiology, a enzima bilirrubina redutase foi identificada como a responsável pela tonalidade amarela do xixi

Ana Paula Brito Vieira

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik

Cientistas da Universidade de Maryland (UMD) e dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH) resolveram recentemente um enigma que muitos de nós nem sabíamos que existia: por que a cor da nossa urina é amarela?

Em um estudo recente publicado na revista Nature Microbiology, a enzima bilirrubina redutase foi identificada como a responsável pela tonalidade amarela do xixi. 

O professor Brantley Hall, principal autor do estudo na UMD, destacou que “é notável que um fenômeno biológico quotidiano tenha permanecido inexplicável durante tanto tempo, e a nossa equipe está entusiasmada por poder explicá-lo”.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

De acordo com informações do estudo, além de fornecer uma explicação para esse fenômeno, a descoberta da enzima abre caminho para futuras pesquisas sobre o papel do microbioma intestinal em condições como icterícia e doenças inflamatórias intestinais.

Apesar de os cientistas saberem que o amarelo da urina resultava da eliminação de células sanguíneas antigas pelo corpo, eles não conheciam até agora a enzima bacteriana responsável pela conversão da bilirrubina em urobilina, o pigmento amarelo na urina.

Este processo acontece após um ciclo de vida de 120 dias, durante o qual as células sanguíneas antigas são degradadas no fígado.

A descoberta da enzima responsável pela cor amarela da urina

Quando as hemácias são destruídas no fígado, um subproduto da decomposição da hemoglobina é produzido: a bilirrubina, um pigmento alaranjado brilhante que normalmente é eliminado no intestino, mas que também pode ser parcialmente reabsorvido.

O acúmulo excessivo de bilirrubina na corrente sanguínea leva à icterícia, caracterizada pelo amarelamento da pele, mucosas e olhos.

"Uma vez no intestino, a flora residente codifica a enzima bilirrubina redutase que, por sua vez, converte a bilirrubina em um subproduto incolor chamado urobilinogênio", explica Hall em comunicado.

LEIA TAMBÉM: Diabete e SOP: pode tomar Glifage para emagrecer? Médica explica perigos

“O urobilinogênio, então, se degrada espontaneamente em uma molécula chamada urobilina, responsável pela cor amarela com a qual todos estamos familiarizados”, conclui o biólogo.

Como os cientistas descobriram o mistério da cor do xixi?

Aproveitando as tecnologias avançadas de sequenciamento genômico, que não existiam em estudos anteriores, os pesquisadores realizaram comparações entre os genomas de bactérias intestinais humanas com a capacidade de converter bilirrubina em urobilinogênio e aquelas que não possuem tal habilidade. 

Assim identificaram o gene responsável por codificar a bilirrubina redutase. Depois, a equipe analisou o genoma de diversas espécies de bactérias para determinar sua presença.

Eles descobriram que esse gene estava presente em um grupo de bactérias conhecido como Firmicutes, um filo bacteriano importante na flora intestinal humana.

LEIA TAMBÉM: Obesidade pode causar câncer e impotência sexual? Entenda riscos à saúde

Em seguida, os autores conduziram análises genéticas nos microbiomas intestinais de 1.801 adultos saudáveis para confirmar a presença do gene responsável pela coloração da urina.

Surpreendentemente, constataram que o gene da bilirrubina redutase estava presente em bactérias intestinais de 99,9% da população examinada.

No entanto, essa prevalência foi significativamente menor em 1,8 mil adultos com doença inflamatória intestinal e em 4,3 mil bebês com maior propensão à icterícia.

*Com informações do Mega Curioso

Hormônios influenciam na dor de cabeça? Entenda o que é enxaqueca menstrual

Foto: Reprodução/Coluna Vida Saudável

A cefaleia ou dor de cabeça atinge milhares de pessoas todos os dias. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam a enxaqueca como a segunda maior causa de incapacidade em todo o mundo, atingindo mais de 1 bilhão de pessoas.

Ainda segundo o estudo, a patologia é mais prevalente em mulheres, acometendo de 20% a 30% mulheres e 6% a 15% de homens.

De acordo com Jackeline Barbosa, vice-presidente da área médico-científica da Herbarium, indústria farmacêutica líder e referência em Fitoterapia no Brasil, algumas razões podem explicar o motivo para que a incidência de enxaqueca seja maior em mulheres.

“As flutuações hormonais são um dos principais fatores que contribuem para a maior incidência de enxaqueca em pacientes do sexo feminino. As mudanças nos níveis de estrogênio, que ocorrem durante o ciclo menstrual, gravidez, pós-parto e menopausa, podem desencadear enxaquecas. Muitas mulheres relatam cefaleia pré-menstruais ou durante a menstruação, quando os níveis de estrogênio estão diminuindo”, explica Jackeline.

LEIA TAMBÉM: Tá gripado? Canja de galinha é anti-inflamatória e alivia sintomas: "Remédio natural"

O uso contínuo de pílulas anticoncepcionais hormonais também pode influenciar os níveis hormonais nas mulheres e, em alguns casos, aumentar a frequência das crises de enxaqueca enxaquecas. Isso ocorre, porque a composição hormonal das pílulas pode afetar o equilíbrio dos neurotransmissores e a sensibilidade à dor.

A cefaleia menstrual surge no período do ciclo menstrual, podendo começar nos dias que antecedem o início da menstruação e, às vezes, pode persistir durante os primeiros dias do ciclo menstrual.

Os sintomas são semelhantes aos da enxaqueca em geral e podem incluir dor de cabeça unilateral, de caráter pulsátil náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e som, além de possíveis distúrbios visuais conhecidos como aura.

“Durante o ciclo menstrual, as variações hormonais, principalmente dos hormônios estrogênio e progesterona, podem desencadear ou influenciar a ocorrência de enxaquecas em mulheres predispostas. Dias antes da menstruação, os níveis de estrogênio diminuem de maneira significativa, e esta queda pode resultar em crises de enxaqueca. Já a progesterona tem ação contrária, aumentando os níveis. Essa mudança também pode influenciar na sensibilidade à dor, a inflamação e a função dos neurotransmissores”, explica a médica.

LEIA TAMBÉM: É possível? Entenda cirurgia de hérnia de disco: "Recuperação rápida"