Não tem jeito. A maior causa de consultas oftalmológicas no verão é o olho vermelho. Na estação mais quente do ano, é comum surgirem inúmeros problemas que podem causar irritações no órgão responsável pela visão. Entre eles, está a ceratite, inflamação na camada mais superficial da córnea que, se for infecciosa, pode levar à cegueira.
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A exposição prolongada ao sol, é o principal fator de desenvolvimento da doença, mas o uso de lentes durante os banhos em mar e piscinas também pode causar a ceratite infecciosa.
“Essa infecção ocular é causada por bactérias, fungos ou vírus e existem diversos fatores que podem aumentar o risco da contaminação. Um deles, que muitos pacientes têm apresentado e que é muito frequente no verão, é o uso inadequado de lentes em praias e piscinas”, explica Marília Reis, médica oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória.
A especialista esclarece que as lentes podem facilitar a infecção da córnea. “Nesta época do ano, o mar e as piscinas recebem uma grande quantidade de pessoas, aumentando as chances do local ser contaminado por microrganismos prejudiciais aos olhos. Ao mergulhar com as lentes, esses microrganismos podem se alojar nelas, permanecendo ali até que elas sejam removidas. Durante esse tempo, a bactéria pode penetrar a córnea e causar a infecção”.
Conheça os sintomas da ceratite infecciosa
Semelhantes aos sintomas da conjuntivite, os sinais da doença são:
– Vermelhidão;
– Dor na região;
– Sensação de areia;
– Lacrimejamento;
– Coceira.
Como tratar?
De maneira geral são usados colírios antibióticos ou antivirais, medicamentos para dor e lubrificantes para tratar o problema. O que será adotado vai depender do tipo de microrganismo que desencadeou a doença. Em casos mais severos, pode haver necessidade de cirurgia.
“Em casos mais graves, intervenção cirúrgica e o transplante de córnea podem ser necessários. É importante destacar que nenhum medicamento deve ser usado sem prescrição médica”, comenta a oftalmologista.
Cuidados para evitar a ceratite
Prevenir, sem sombra de dúvidas, é melhor que remediar. Por isso, a oftalmologista listou algumas dicas importantes para evitar a doença. Veja:
1. Retirar as lentes para entrar no mar ou na piscina;
2. Higienizar as lentes regularmente, seguindo as recomendações do oftalmologista;
3. Trocar as lentes de acordo com as recomendações médicas;
4. Trocar o recipiente de armazenamento pelo menos a cada 3 meses e nunca o utilizar se ele estiver rachado ou danificado;
5. Lavar as mãos antes de manipular as lentes;
6. Evitar o compartilhamento de itens pessoais, como óculos, maquiagem e toalhas, por exemplo.
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