Saúde

O que é dermatilomania: vício em puxar pele dos dedos é sintoma de doença psicológica

Arrancar pele dos dedos pode ser um transtorno comum entre pessoas com quadro de doenças psicológicas

Leiri Santana

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Instagram

Pelinha nos dedos, cutícula levantada, você consegue deixar ali ou corre para morder ou puxar? Essa prática foi constada por especialistas como Dermatilomania e vai além de estética. Entenda sobre essa doença.

A dernatilomania é uma doença psicológica, ela leva a pessoa a puxar, arranhar e apertar a própria pele, principalmente a dos dedos. A doença é caracterizada como Transtorno obsessivos-compulsivos (TOCs).

Dana Brems, médica e influencer de saúde dos Estados Unidos, explicou que a maioria das pessoas possui a condição, mas por ser tão natural, nem se preocupam em procurar ajuda, ou nem desconfiam que seja uma doença.

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“As pessoas que puxam a própria pele até o ponto de causar danos e feridas podem ter a condição e devem buscar ajuda médica e psicológica”, afirma a doutora.

Puxar a pele pode ser uma reação de estresse ou medo em pacientes que sofrem dessa condição. Cerca de 5% da população mundial pode ser afetada pela dermatilomania ou conviveu com ela. Essa condição é mais comum com pacientes  que já apresentam outros transtornos psiquiátricos

“A causa exata não é totalmente compreendida, mas o estresse e a ansiedade podem exacerbar os sintomas”, conta Dana.

PESSOAS DEPRESSIVAS SÃO AS MAIS AFETADAS COM A DERMATILOMANIA

Um estudo conduzido por dermatologistas brasileiros e publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia em 2018 descobriu que pelo menos 30% dos pacientes com doenças de natureza mental sofrem de dermatilomania, e 80% deles apresentam lesões "notáveis" como resultado dessa condição.

Os pesquisadores da Universidade Católica do Rio Grande do Sul traduziram uma escala internacional que avalia o impacto da condição e a aplicaram em 63 pacientes com depressão, transtorno bipolar e transtorno do pânico. Metade dos participantes demonstrou tendência a comportamentos de dermatilomania, embora um diagnóstico preciso exija avaliações mais abrangentes.

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SINTOMAS DE DERMATILOMANIA

Além de mexer na pele das unhas, a doença possui como sintomas:

Causar lesões cutâneas visíveis;

Fazer tentativas repetidas de diminuir ou interromper a escoriação da pele sem sucesso;

Experimentar sofrimento físico intenso por conta do hábito, com constrangimento ou vergonha.

O tratamento da condição é feito com terapia psicológica e pode ser necessária a combinação com antidepressivos. Treinar-se para trocar os estímulos danosos por outros mais sutis, como fechar as mãos em casos de estresse, também pode ajudar.

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VÍRUS ZUMBI CONGELADO PODE CAUSAR NOVA PANDEMIA: “SURTO DE DOENÇA”

Micróbios ficaram retidos no gelo durante milênios, mas por conta do aumento da atividade marítima na Sibéria, isso pode mudar; entenda

Bizarro!

O mundo pode enfrentar novamente uma pandemia.

Isso porque cientistas alertam que vírus antigos congelados no pergelissolo do Ártico podem ser libertos pelo aquecimento do clima da Terra e desencadear um surto de doenças, de acordo com informações do The Guardian.

Preocupados com essa possibilidade, os cientistas estão desenvolvendo uma rede de monitoramento no Ártico para identificar os primeiros casos de doenças causadas por microrganismos antigos.

Esta iniciativa visa não apenas fornecer tratamento médico especializado e quarentena para os infectados, mas também conter o aumento do surto e evitar que as pessoas deixem a região.

Jean-Michel Claverie, um dos cientistas envolvidos no projeto, explicou ao The Guardian que “neste momento, as análises das ameaças pandêmicas se concentram nas doenças que podem surgir nas regiões meridionais e depois propagar-se para norte”.

Ele afirma que existem vírus com “potencial de infectar humanos e iniciar um novo surto de doença”.

Segundo o site Notícias ao Minuto, o virologista Marion Koopmans também se mostrou preocupado com a situação, mesmo não sabendo ao certo que vírus podem encontrar no gelo.

“Existe um risco real de haver um capaz de desencadear um surto de doença - por exemplo, uma forma antiga de poliomielite. Temos de partir do princípio de que algo deste gênero pode acontecer”, afirmou.

Em 2014, Claverie e sua equipe já haviam comprovado que vírus congelados na Sibéria ainda podiam infectar organismos unicelulares, mesmo após milhares de anos no subsolo.

Outros estudos também revelaram a presença de vários tipos virais diferentes, capazes de infectar células em cultura. Uma das amostras de vírus tinha 48.500 anos.

“Os vírus que isolamos só eram capazes de infectar amebas e não representavam qualquer risco para os seres humanos”, explicou Claverie, ao The Guardian.

Ele ainda destacou que “isso não significa que outros vírus - atualmente congelados - não sejam capazes de desencadear doenças nos seres humanos. Identificamos vestígios genômicos de 'pox' e herpes, que são agentes patogênicos humanos bem conhecidos, por exemplo”.

O pergelissolo, que cobre um quinto do hemisfério norte, é composto por solo mantido a temperatura abaixo de zero por longos períodos. Os cientistas descobriram que algumas camadas permaneceram congelas por centenas de milhares de anos.

Entretanto, as mudanças climáticas estão alterando o pergelissolo, com as camadas superiores das principais reservas no Canadá, Sibéria e Alasca derretendo devido ao aquecimento desproporcional no Ártico, que ocorre várias vezes mais rápido do que a média global.

VÍRUS ZUMBI "ACORDA" APÓS 50 MIL ANOS COM DOENÇA MORTAL; ENTENDA CASO E SINTOMAS

Foto: DejaVu Designs | Freepik

As mudanças climáticas trazem riscos para além dos impactos em nosso modo de vida. O derretimento da permafrost, solo que permaneceu congelado por pelo menos dois anos, por exemplo, pode resultar na ressurreição de vírus e bactérias perigosas.

Atualmente, de acordo com informações do Terra, o planeta está experimentando um aumento de 1,2 °C na temperatura em comparação ao período pré-industrial.

Cientistas preveem que o Ártico poderá ficar livre de gelo no verão já na próxima década (2030-2050), antes do previsto.

Uma grande preocupação nessa nova fase é a liberação de gases de efeito estufa, como o metano, na atmosfera à medida que o permafrost da região derrete.

No entanto, menos explorada é a questão dos patógenos dormentes, também conhecidos como vírus “zumbis”.

Segundo o Terra, o virologista francês Jean-Michel Claverie tem se dedicado a essa área de estudo.

Com 73 anos, ele passou mais de uma década pesquisando vírus "gigantes," alguns com quase 50 mil anos, encontrados nas profundezas do permafrost siberiano.

Em 2022, a equipe dele publicou pesquisas sobre esses mesmos vírus antigos extraídos. Apesar da “idade”, todos permaneceram infecciosos.

Em entrevista ao Japan Times, Claverie explica que “estamos acostumados a pensar nos perigos vindos do sul”, em referência às doenças transmitidas por regiões tropicais, mas que isto muda o quadro.

“Agora, percebemos que pode haver algum perigo vindo do norte, à medida que o permafrost descongela e libera micróbios, bactérias e vírus”, disse.

Claverie fez a primeira demonstração de que vírus "vivos" podem ser extraídos do permafrost siberiano e revividos com sucesso em 2014.

Para evitar qualquer risco de contaminação humana, a pesquisa se concentrou apenas em vírus capazes de infectar amebas.

A partir desse ponto, ele percebeu que a escala da ameaça à saúde pública indicada pelos resultados havia sido subestimada ou erroneamente considerada uma raridade.

Em 2019, a equipe isolou 13 novos vírus, incluindo um congelado sob um lago há mais de 48.500 anos, a partir de sete diferentes amostras antigas de permafrost siberiano, evidenciando sua ubiquidade.

Segundo o Terra, os resultados dessas pesquisas, publicados no ano passado, enfatizam que uma infecção viral causada por patógenos antigos e desconhecidos em humanos, animais ou plantas pode ter efeitos potencialmente "desastrosos."

Um exemplo preocupante desse tipo de ameaça emergente ocorreu em 2016, na Sibéria, quando uma onda de calor ativou esporos de antraz, resultando em dezenas de infecções, a morte de uma criança e milhares de renas.

“Voltar 50 mil anos no tempo nos leva ao desaparecimento dos neandertais da região", disse ele. "Se os neandertais morreram de uma doença viral desconhecida e esse vírus ressurgir, poderia representar um perigo para nós", finalizou.

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